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A caravana passa e os cães ladram

Paulo Cayres*

Publicado: 29 Março, 2018 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

O ato final da Caravana de Lula pelo Sul do Brasil foi uma grande manifestação em defesa da democracia e contra o fascismo. Após ter sofrido ataques em algumas cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, manifestação que encerrou a caravana teve a presença de pré-candidatos e lideranças de diversos partidos de esquerda, em um gesto suprapartidário contra a violência.

Os fascistas, movidos a paus, pedras, chicotes e armas, não atacaram os (as) trabalhadores (as), índios, estudantes, a comunidade LGBT, a imprensa livre ou o ex-presidente Lula. Este bando, que propaga violência e ódio, atacou a democracia brasileira, que tantas vezes foi agredida após o golpe de 2016.

O Sul é maior que os fascistas e a violência que produziram quando a caravana passava. Nestes estados nasceram importantes referências na defesa dos direitos humanos, na arte, na política e na luta pelos direitos sociais e trabalhistas. Como, por exemplo, Getúlio Vargas, Leonel Brizola, Elis Regina, Paulo Leminski, Paulo Roberto Falcão, Santa Paulina, Paulo Evaristo Arns e tanto (as) outros (as).

Foram percorridas 20 cidades nos três estados do Sul do país. E mesmo com estes lamentáveis episódios de selvageria, Lula foi aclamado e recebido pelo povo sulista de braços abertos. Multidões que demostram a popularidade do ex-presidente.

Não vão nos calar. Nossa “arma” é a democracia. Uma democracia que o povo possa exercer sua soberania. Uma democracia que permite todos os partidos, sejam eles de esquerda, centro ou direita, possam fazer suas campanhas e comícios com direito a liberdade e segurança. Uma democracia com liberdade de expressão e direitos de manifestação, garantidos pela Constituição Brasileira.

(Paulo Cayres - é presidente da CNM/CUT)