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ABC: Lula defende organização sindical no lançamento do livro sobre Comissão de Fábrica na Ford

Publicado: 28 Novembro, 2016 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Adonis Guerra
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Lançamento aconteceu na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

No lançamento do livro “A História de Luta dos Trabalha­dores na Ford. São Bernardo do Campo 1981 a 2016”, que relata a memória dos 35 anos da 1ª Comissão de Fábrica na montadora, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre a importância da orga­nização sindical e a superação da crise econômica.

“A crise não nasceu em São Bernardo, nem em São Paulo, nem no Brasil. A crise foi oriunda do fracasso do siste­ma capitalista e do fracasso do sistema financeiro”, destacou.

O ex-presidente defendeu que é preciso discutir a solu­ção para a crise com ousadia. “Devemos colocar no papel o que o Sindicato pode fazer, o que depende do governo do Estado ou do governo federal, o que o Brasil pode fazer a partir de suas próprias pernas”, completou.

“Eu acho que se o Brasil pegasse 100 bilhões de dólares das reservas, que estão ren­dendo juros negativos nos Es­tados Unidos, transformasse em reais e aplicasse em obras de infraestrutura, portos, aeroportos, ferrovia, rodovia, além de gerar empregos, co­meçaria a fazer a economia voltar a crescer”, ensinou.


“Está na hora de levantar a cabeça e discutir com a peão­zada na fábrica. É para todo mundo ler o livro e aprender a ser peão”, sugeriu.

Livro
Os dois trabalhadores da formação da Comissão, Alberto Eulálio, o Betão, e João Ferreira Passos, o Bagaço, organizaram o livro com depoimentos de 27 trabalhadores que fizeram parte do passado e que fazem parte do presente na Ford.

A 1ª edição tem tiragem de mil cópias e 201 páginas. A publicação ficará disponível para baixar no site da Fundação Perseu Abramo.

Crédito: Adonis Guerra
Cayres Cayres
Cayres destacou o protagonismo dos trabalhadores na história

O diretor executivo do Sindi­cato, Alexandre Colombo, desta­cou a importância de cada um na construção de uma sociedade mais justa. “O trabalhador preci­sa ter consciência e participar da vida sindical e do País. Se a gente não for companheiro, de nada vale a nossa luta”, disse.

A CSE na Ford, Simone Viei­ra, relembrou os momentos da luta na categoria. “Vejo mais do que trabalhadores, mais do que Sindicato, aqui é uma família sindical e agradeço cada um pela história construída até agora”, afirmou.

O presidente da Confedera­ção Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM/CUT, Paulo Cayres, destacou que os trabalhadores precisam ser autores da história. “Não preci­samos dos porta-vozes da direita para contar a nossa história. Os trabalhadores são os sujeitos e, por isso, é importante escrever o que vivemos e pensamos”, concluiu.

(Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC)

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