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ABC: luta de trabalhadores na Karmann-Ghia completa 40 dias

Publicado: 21 Junho, 2016 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Adonis Guerra
SolidariedadeSolidariedade
Solidariedade: alimentos são doados aos trabalhadores

Ao completar 40 dias de ocupação na Karmann-Ghia, em São Bernardo do Campo (SP), as palavras solidariedade, resistência e união definem a luta dos trabalhadores em defesa dos direitos e salários dentro da fábrica.

“A ocupação seguirá firme por tempo indeterminado. Todo o apoio recebido fortalece muito os companheiros neste momento difícil”, afirmou o coordenador do Comitê Sindical na Empresa, Valter Saturnino Pereira, o Valtinho.

“Cada demonstração de solidariedade nos dá mais garra e determinação para enfrentar os desafios. Temos recebido visitas e doações de diversos companheiros na base, no estado de São Paulo e de outras categorias”, prosseguiu.

Cerca de 200 companheiros se revezam em três turnos por dia, cuidam da empresa e das máquinas. Tomam café, almoçam e jantam no local. Jogam tênis de mesa, pebolim, sinuca e dominó para passar o tempo.

O movimento teve início em 13 de maio, quando a Justiça emitiu parecer confirmando que a atual diretoria não havia, de fato, cumprido com as obrigações com os antigos donos da empresa, gerando uma indefinição sobre quem são os reais proprietários da autopeças.

O dirigente sindical relembrou que os trabalhadores têm sofrido com anos de má gestão. “Os erros de administração vêm se arrastando com sucessivos atrasos de pagamentos e descumprimento de acordos”, contou.

Doações
Na tarde de ontem (20), os diretores do Sindicato dos Gráficos do ABC levaram doações de 450 quilos de frango, 100 quilos de salsicha, 150 de linguiça, 30 de bacon e 216 litros de leite.

“A luta de classe vale a pena e temos sempre que dar continuidade para defender as conquistas históricas. O papel dos trabalhadores é não deixar a luta morrer”, disse o presidente dos Gráficos do ABC, Isaias Karrara.

Na última sexta-feira (17), os metalúrgicos na Rassini, em São Bernardo, visitaram a ocupação e levaram mantimentos arrecadados na fábrica. “Toda a categoria é um corpo só. Se um está sofrendo, todos estão. A luta de um é a de todos”, afirmou o coordenador do CSE, Antonio Elandio, o Nando.

Crédito: Edu Guimarães
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(Fonte: Imprensa - SMABC)

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