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ABC (SP): Na Campus Party, metalúrgicos conhecem novidades da Indústria 4.0

Publicado: 02 Fevereiro, 2018 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Edu Guimarães (SMABC)
Da esquerda para direita: Thiaguinho, Leo e Ale da JuventudeDa esquerda para direita: Thiaguinho, Leo e Ale da Juventude
Da esquerda para direita: Thiaguinho, Leo e Ale da Juventude

Os avanços tecnoló­gicos que impulsio­nam a grande rede de comunicação, a internet das coisas e toda a automa­tização que visa substituir a mão de obra nas fábricas estão no foco da comitiva do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que participa da 11ª edição da Campus Party. O principal evento de internet e tecnologia do país segue até o próximo dia 4, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na capital paulista.

Pela primeira vez na Feira, os Metalúrgicos do ABC buscam conhecer mais sobre esses temas importan­tes e também preocupantes para categoria. Na quarta-feira, 31, os representantes dos trabalhadores assis­tiram à palestra sobre os avanços da Indústria 4.0.

“A nossa participação se dá para conhecer as novas tendências e o que está sendo pensado e discutido visando a Indústria 4.0, tecnologia, inovação e pla­taforma de comunicação digital”, declarou o respon­sável por políticas indus­triais, Wellington Messias Damasceno, que foi quem sugeriu a participação do Sindicato na feira.

“Percebemos que há um incentivo muito forte volta­do ao empreendedorismo e a consequente descaracte­rização do trabalho como conhecemos, o que nos preocupa. Na Feira, há mui­tos jovens dedicados a criar soluções para as empresas sem nenhum vínculo com elas e recebendo pouco para isso”, destacou.

O coordenador da Ju­ventude e representante do SUR na Ford, Leonardo Fa­rabotti, o Léo, fala em equi­líbrio. “Para que a tecnolo­gia crie realmente soluções, é preciso que haja parcerias e força política. Precisamos conseguir balancear essa questão dos avanços da tecnologia e avançar, mas também preservar empre­gos. Agora estamos mais preparados para o debate na fábrica”, afirmou.

“A automação pela inteli­gência chega a ser assusta­dora, tanto pelo lado posi­tivo, quanto pelo negativo. É preciso começar a debater como podemos evoluir, mas diminuindo o impacto so­bre os empregos. Também é preciso buscar experiências em outros países que estão mais à frente nesse assunto”, concluiu o CSE na Merce­des, Alessandro Guimarães da Costa.

Contato direto com o Instituto Linux
Durante a participação na Feira, a comitiva conver­sou com Jon "Maddog" Hall, presidente do Conselho do Linux Professional Institu­te. Hall se interessou pelo trabalho do Sindicato no debate para trazer empresas voltadas à tecnologia e de conhecimentos tecnológi­cos para a região.

O presidente contou que seu instituto está trabalhando em um projeto que tem como ideia central trazer ao Brasil tecnologia com o novo sof­tware livre. A ideia é que as empresas brasileiras, ao invés de pagarem por licenças de utilização de softwares para companhias americanas, pa­guem para as empresas locais que utilizarão a tecnologia produzida no País por meio de um programa customizado.

Segundo Hall, ainda este ano, o Linux fará um roteador wi-fi free, um servidor livre. E, já a partir de 2019, vai co­meçar a produzir no centro tecnológico da USP a parte técnica desse hardware que será dividido em cerca de 150 pequenas fábricas.

O que é o Linux?
O Linux é um dos sistemas operacionais mais usados no mundo, ao lado do Windows e do OS X. O Linux Professional Institute é uma organização sem fins lucrativos que concede certificações profissionais de Linux para administradores de sistema e progra­madores em quase todos os países do mundo.

(Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC)

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