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Alcan aumenta carteira de exportação

Publicado: 25 Abril, 2006 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

Fábrica brasileira passa a fornecer para a Venezuela e espera vendas 12% maiores este ano. A unidade brasileira da Alcan Composites, fabricante de materiais compostos de alumínio controlada pela Alcan Participações, inicia no próximo mês o fornecimento à Venezuela, mercado que era suprido pela divisão americana da Alcan Composites. O Brasil passa a fornecer os compostos (chapas de alumínio usadas para revestimento de fachadas em empreendimentos comerciais, hotéis, shoppings, aeroportos e edifícios residenciais de alto padrão) ao mercado venezuelano por razões de custos e logística.

A freqüência atual de fretes marítimos do Brasil para a Venezuela tornou mais atrativa a venda a partir do mercado brasileiro, informou o diretor superintendente da Alcan Composites, Marcelo Siviero.
A Alcan Composites projeta alcançar um faturamento de US$ 10,1 milhões em 2006, um montante 12% maior que os US$ 9 milhões de 2005. De acordo com Siviero, esse crescimento será alavancado tanto pelas vendas externas como pelo aquecimento do mercado interno da construção civil. A capacidade nominal de produção na fábrica instalada em Camaçari (BA) atinge 1,1 milhão de metros quadrados por ano. Em 2005 a empresa alcançou 50% dessa capacidade. Neste ano a expectativa é de atingir de 65% a 70% da capacidade.

Siviero também aposta no aumento das vendas para a Argentina e Chile, países que deverão manter um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) - de 8% e 6%, respectivamente - similar ao de 2005, na avaliação de Siviero.

As exportações representaram 30% do faturamento bruto da empresa em 2005. O executivo acredita que as vendas externas representem 40% do faturamento neste ano. A empresa, que detém unidades comerciais na Bolívia, Chile, Argentina e Uruguai, abriu no início do ano uma nova distribuidora no Paraguai.

A Alcan é a única fabricante de revestimentos para fachadas de alumínio do País, informou Siviero. A América do Sul tem um potencial de mercado de US$ 25 milhões anuais para a venda do produto, dos quais 60% (US$ 15 milhões) é o potencial do Brasil.

Já no mercado doméstico, a retomada das vendas virá com o crescimento do números de obras públicas, em virtude do ano eleitoral. 'Esse é um grande nicho para a aplicação do produto', disse Siviero, que acredita em um crescimento de 8% da construção civil neste ano. Para o executivo, o pacote de incentivos à construção civil anunciado pelo governo não causa um impacto direto para os negócios da empresa, uma vez que essas medidas beneficiarão mais o segmento residencial.

'Mas os incentivos irão movimentar toda a indústria da construção civil, reduzindo os custo de produção e aumentando as linhas de financiamentos, o que deverá viabilizar o aumento das vendas dos materiais compostos de alumínio', ressaltou Siviero, que também citou o lançamento de novos produtos da Alcan Composites neste ano como alavanca para a criação de uma demanda adicional ao portfólio de produtos da empresa.

Fonte: Gazeta Mercantil