Alcoa conclui expansão e amplia produção da Alumar

Quarta-feira serão inaugurados 52 fornos. Produção anual passará para 440 mil toneladas. A Alcoa Alumínio S/A, que detém 51% do Consórcio de Alumínio do Maranhão (Alumar), conclui esta semana o processo de expansão da Redução, a fábrica de alumínio, localizada em São Luís. A partir desta quarta-feira a fábrica passa a contar com mais 52 fornos para a produção de alumínio, totalizando as 100 unidades do projeto da expansão que custou à Alcoa investimentos no valor de US$ 165 milhões para produzir mais 63 mil toneladas do metal por ano.

Com os novos fornos em operação, a fábrica passa a operar com um total de 710 unidades, elevando a capacidade anual de produção de alumínio de 368 mil toneladas para 440 mil toneladas anuais, fazendo da fábrica da Alumar a segunda maior da América Latina. Cerca de 80% da produção da Alumar tem como destino a Ásia, Estados Unidos e Europa.

A expansão iniciada em julho de 2004, consiste na complementação da linha três de produção da Redução. Em novembro de 2005, a Alcoa colocou para funcionar 48, dos 100 novos fornos da expansão, alcançando uma produção de 380 mil toneladas de alumínio.

O aumento da produção foi possível graças à renovação do contrato com a Eletronorte para fornecimento de energia por mais 20 anos, de acordo com a direção da Alcoa. A renovação do contrato realizada em junho de 2004 e prevê o fornecimento de 700 MW por hora de energia, sendo que o consumo atual é de 650 MW por hora.

'Fazer a expansão em um ano e nove meses foi um prazo desafiador', diz o superintendente de Compras do Projeto de Expansão, Maurício Feitosa Costa. Ele destaca que a Alcoa conseguiu concluir o processo de expansão da Redução antes mesmo do prazo previsto, que era final de março, por meio do trabalho de logística.

Dos US$ 165 milhões investidos no projeto de expansão, segundo Costa, R$ 95 milhões (o equivalente a 22% do total do investimento) foram gastos com a aquisição de produtos e contratação de serviços no Maranhão, o que contribuiu para a geração de emprego e renda no Estado. De empresas maranhenses foram contratados, por exemplo, serviços e fornecimento de alimentação e a compra de material de construção.

'A participação das empresas locais no projeto de expansão não foi ato de assistencialismo', afirma Costa, referindo-se ao trabalho desenvolvido em parceria com o governo e entidades empresariais para que as empresas locais busquem a qualificação e se tornem competitivas no mercado.
Nova expansão

O mesmo deverá ocorrer com o processo de expansão da fábrica de alumina (a matéria-prima do alumínio). Do total de US$ 1,1 bilhão a serem investidos na expansão da fábrica de alumina da Alumar, a estimativa é de que pelo menos US$ 130 milhões devem circular na economia maranhense, por meio da aquisição de produtos e serviços durante a obra, que foi iniciada em dezembro do ano passado. Só no pico da obra, a previsão é que trabalhem cerca de 4,5 mil.

Entre os produtos a serem adquiridos dos fornecedores locais estão aço e ferro, areia, brita, cimento, material elétrico, madeira, madeirite, tijolos, estruturas metálicas, fabricação de tancagem. No setor de serviços constam trabalhos nas áreas de construção civil, terraplenagem, montagem eletromecânica, refeições, transporte, segurança, limpeza, engenharia, topografia, gráfica, jornalismo e outros.

Fonte: Gazeta Mercantil