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Alcoa investe no país de olho na alta da demanda por alumínio

Publicado: 12 Maio, 2006 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

A Alcoa Alumínio, subsidiária da americana Alcoa, vai intensificar seus investimentos no País para garantir matéria-prima (bauxita e alumina) suficiente para lucrar com o crescimento da demanda mundial por alumínio. 'O mundo vai demandar mais bauxita e alumina, temos que garantir fontes duradouras de matéria-prima', disse o presidente da Alcoa América Latina, Franklin Feder. Além dos investimentos em andamento, que entram em operação em 2008, o executivo informou que a empresa já planeja futuras ampliações.

O consumo mundial de alumínio atingiu 31,1 milhões de toneladas em 2005. Em 2020, alcançará 60 milhões de toneladas, segundo a McKinsey. 'O programa de investimento no Brasil se insere dentro desse contexto mundial', disse Feder, ressaltando que a taxa de câmbio não tira a competitividade do Brasil.

Feder revelou que o plano estratégico da Alcoa estabelece o País como plataforma de produção e exportação. A empresa vai investir US$ 1,6 bilhão no País até 2008. Serão R$ 1,334 bilhão no Projeto Juruti (PA), que prevê a mineração de 2,6 milhões de toneladas anuais de bauxita, com entrada em operação em 2008. Juruti possui reserva estimada em 700 milhões de toneladas e encontra-se em fase de obtenção de licença ambiental.

Segundo o diretor de negócios estratégicos da Alcoa, João Serafim, existem reservas estimadas em 70 bilhões de toneladas de bauxita no mundo, o suficiente para 400 anos, sendo que as maiores estão na Guiné, Brasil, Venezuela e Índia. A bauxita de Juruti será usada na Alumar, em São Luís (MA), que receberá aporte de R$ 1,656 bilhão e terá sua produção de alumina expandida de 1,4 milhão para 3,5 milhões de toneladas anuais, na maior expansão em uma usina de alumina no mundo, segundo Feder.

A parte da empresa no consórcio Alumar (54%) será exportada para outras unidades da Alcoa e vendida onde houver demanda, disse Feder. Ele declarou que a unidades de Juruti e a ampliação de São Luís serão construídas para comportar futuras ampliações. 'Em São Luís, a infra-estrutura comporta até 6 milhões de toneladas anuais, dá para fazer mais duas ou três expansões. Juruti foi desenhada como uma planta modular, que comporta ampliações para 4, 6,10 ou 12 milhões de toneladas.'

Feder disse que os investimentos globais em andamento manterão a empresa, no mínimo, com participação de 15% no mercado mundial de alumínio. Ele afirmou que o lucro da empresa no País têm crescido em média 19% nos últimos cinco anos, e a produção em 14 mil toneladas anuais desde 2001. Em 2005, contudo, a receita líquida caiu R$ 26 milhões, para R$ 2,251 bilhões, e o lucro recuou R$ 32 milhões, alcançando R$ 357 milhões. 'A empresa sofreu com o impacto da alta do preço da soda cáustica', disse.

Fonte: Gazeta Mercantil