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Alcoa vai investir R$ 5 bilhões no Brasil nos próximos 3 anos

Publicado: 11 Outubro, 2007 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

Executivos do grupo Alcoa, segundo maior produtor de alumínio do mundo, estiveram ontem no Palácio do Planalto apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva seus planos de investimento, mostrando que demanda de bauxita no mundo está em alta, o que assegura os investimentos de US$ 5 bilhões da empresa no Brasil, pelos próximos três anos. O presidente mundial, Alain Belda, também visitou Lula, em reunião que teve a presença dos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Miguel Jorge (MDIC) e Nélson Hubner (Minas e Energia), além de Franklin Feder, presidente da companhia para a América Latina. Belda participaria de jantar com o presidente ontem.

Feder, na saída da reunião, minimizou o problema da disputa de terras travada entre a empresa e as famílias Valle Miranda e Abreu, em Juruti (Pará), conforme relatou o Valor ontem. 'Situações desta natureza, de questionamentos fundiários, são comuns no norte do país', declarou. Ele disse esperar boa vontade das autoridades locais e do governo do estado do Pará - a governadora petista Ana Júlia Carepa já deu apoio aos investimentos da empresa na região. A questão chegou ao Executivo Federal e está sendo acompanhada diretamente pela Casa Civil. 'Tudo o que é bom para o país é acompanhado de perto pelo presidente Lula e seu governo', afirmou Feder. O executivo lembrou que a população de Juruti apóia o empreendimento, que gera quatro mil empregos diretos e indiretos, 'fora os benefícios indiretos à região'.

Alain Belda vê na expansão chinesa uma das principais fontes para garantir a demanda de bauxita no mundo. Para ele, o crescimento vertiginoso da economia asiática, com o êxodo crescente de chineses da zona rural para a área urbana, abre a necessidade da extração de minérios para suprir a explosão demográfica. No caso brasileiro, Feder acredita que a empresa também esteja no rumo certo. Além do projeto de Juruti, a Alcoa está expandido a refinaria de alumina de São Luís do Maranhão, onde a bauxita do Pará será processada.

Nem mesmo as ameaças de um apagão no fornecimento de energia, previsto para ocorrer depois de 2011, assusta o executivo. Ele mencionou que a companhia tem duas usinas hidrelétricas próprias, localizadas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, que respondem por quase um terço da energia consumida pelas operações da empresa. Somadas a outras duas parcerias - Usina de Estreito, no limite entre Maranhão e Tocantins, e Serra do Facão, entre Goiás e Minas Gerais, Feder espera que sejam assegurados 70% de suprimento próprio.

Feder reforçou o otimismo no crescimento da economia nacional. Disse que a empresa está no Brasil desde a década de 60 e decidiu, recentemente, reformar a sua primeira fábrica no país, localizada em Poços de Caldas (MG).

Fonte: Valor