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Alstom vai vender equipamentos para Foz do Chapecó

Publicado: 31 Julho, 2007 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

A multinacional francesa Alstom e o consórcio construtor da usina hidrelétrica de Foz do Chapecó colocaram o preto no branco. Conforme o Valor antecipou em junho passado, a multinacional vai receber R$ 526 milhões pelo fornecimento de equipamentos de geração para a construção da hidrelétrica.

Com capacidade de 855 megawatts (MW), a usina deverá ficar pronta em 2010 e tem na CPFL Energia seu principal acionista. O empreendimento está localizado no rio Uruguai, entre Alpestre (RS) e Águas de Chapecó (SC).

Contudo, este não é o primeiro contrato da multinacional francesa neste ano. Em uma seqüência de três acordos, a divisão de energia da Alstom no Brasil vai acrescentar 567 milhões de euros ao faturamento local do grupo já no ano fiscal 2007/2008. E nesse montante, está incluindo a operação de Foz do Chapecó.

Além da usina na região Sul do Brasil, a multinacional também fechou um acordo para fornecer equipamentos para a usina hidrelétrica de Estreito, localizada no rio Tocantins. Com data também para entrar em operação em 2010, a usina terá capacidade de gerar 1088 MW.

Mas os 567 milhões de euros somente são alcançados quando se contabiliza o contrato firmado com a siderúrgica Thyssen, que vai erguer um empreendimento em Santa Cruz (RJ) para produzir aço. Batizado de Thyssen/CSA, o projeto deverá estar pronto em 2009 e terá capacidade para produzir anualmente 5 milhões de toneladas de aço. Dentro desse projeto, caberá à Alstom fornecer equipamentos e sistemas para a construção de uma usina térmica de 490 MW, que será responsável por boa parte do abastecimento de energia do complexo. O valor do acordo é de 330 milhões de euros.

O benefício dessas operações não se resumem somente nos números. Vai além. Isso, porque todos esses novos negócios firmados terão quase 100% das suas entregas feitas com equipamentos produzidos na unidade de Taubaté (SP).

No entanto, apesar dos bons negócios registrados nos primeiros meses de 2007, a Alstom não esconde que carrega uma série de dúvidas para a seqüência do ano. Isso, porque não há grandes projetos em andamento na área de energia e também porque os acordos fechados agora são fruto de empreitadas antigas. A multinacional, na verdade, aguarda a licitação da hidrelétrica do rio Madeira, que obteve recentemente licença ambiental prévia.

Fonte: Valor