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Alumar estuda investir US$ 1,1 bilhão em nova unidade no MA

Publicado: 08 Setembro, 2005 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

O mês de setembro vai ser decisivo para o futuro da fábrica de alumina do Consórcio de Alumínio do Maranhão (Alumar), localizada em São Luís e que pertence Alcoa, BHP Billiton, Alcan e Abalco.

O projeto de expansão da fábrica de alumina vai ser submetido à aprovação do Conselho Administrativo da Alcoa, o maior acionista, durante reunião que deve ser realizada nas próximas semanas. A informação é do diretor da Alumar, Nilson Pereira Souza.

O investimento previsto é da ordem de US$ 1,1 bilhão. Se o projeto for aprovado, a Alumar vai ampliar a produção de alumina -matéria-prima do alumínio- de 1,5 milhões e toneladas ao ano para 3,5 milhões.

A expansão está ligada à extração de bauxita, projeto perseguido no oeste do Pará, em Juruti.

Atualmente, a Alumar compra bauxita da mina da MRN, mineradora que pertence à Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).

'A mina de Juruti vai atender à capacidade de produção da expansão', enfatiza o diretor da Alumar, Nilson Pereira Souza. O volume previsto de extração da bauxita gira em torno de 3 milhões a 6 milhões de toneladas/ano e os investimentos estimados são entre US$ 300 milhões e US$ 460 milhões.

Ainda este ano a Alumar inicia a produção de mais 63 mil toneladas de alumínio por ano, o que vai permitir alcançar um volume de 420 mil toneladas/ano. O projeto está custando à Alcoa US$ 160 milhões.

A Alumar também está implantando um novo sistema de trabalho. A partir de outubro, passa a vigorar o horário fixo (manhã, tarde e à noite) em substituição ao sistema de revezamento, em operação há 16 anos. Nilson Souza garante que não vão haver demissões com a mudança. 'Parte dos funcionários vão ser absorvidos pelas expansões da empresa', explica.

Sistema de trabalho

O novo sistema de trabalho faz parte das estratégias da Alcoa para assegurar a continuidade do empreendimento a longo prazo. Mesmo com excelentes resultados operacionais, os preços elevados das matérias-primas - quase todas importadas - e da energia comprometem os custos de produção unidade no futuro, já que o preço internacional do alumínio varia de acordo com as cotações na Bolsa de Metais de Londres. 'Apesar de operar bem, ser reconhecida, estamos perdendo competitividade', afirma Nilson Souza, ressaltando que esta é apenas uma medida preventiva para reduzir custos, entre outras que estão sendo tomadas. 'A Alumar é uma empresa saudável, bem sucedida. Queremos garantir a competitividade e continuidade do empreendimento', destaca o diretor. A matéria-prima e a energia respondem por 80% do custo de produção do alumínio.

Fonte: Gazeta Mercantil