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Anfavea: montadoras programam ‘missões’ para expandir exportações

Publicado: 18 Agosto, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A Anfavea, entidade que abriga as montadoras instaladas no país, informou que o setor está trabalhando com o governo em uma agenda de negociações comerciais para expandir as exportações de veículos e autopeças produzidos no Brasil.

Segundo o presidente da entidade, Luiz Moan, as “missões” devem começar por países da América do Sul, como Colômbia, Equador e Peru, para depois avançar a mercados africanos. O objetivo é estabelecer novos acordos de livre comércio com esses países.

Conforme Moan, ainda que pequenos, esses mercados, somados, podem contribuir para a recuperação das exportações brasileiras, reduzindo a dependência do setor com a Argentina — destino de quatro a cada cinco carros exportados por montadoras brasileiras. “O que importa para nós é a junção [desses mercados]”, afirmou o presidente da Anfavea a jornalistas.

Ele disse ainda que a entidade deve iniciar entre setembro e outubro as negociações com a Amia, entidade que defende os interesses das montadoras mexicanas, em torno do acordo automotivo entre Brasil e México. A partir do ano que vem, está previsto o fim das restrições por cotas no comércio de veículos livre de impostos entre os dois países.

As negociações com a Colômbia também devem acontecer ainda neste ano, disse Moan. Segundo ele, o acordo comercial com os colombianos estacionou num corte de metade da alíquota de importação de 35%. “Nós pedimos para o governo reabrir as negociações”, afirmou.

Durante apresentação em congresso organizado pela empresa de mídia Automotive Business na capital paulista, Moan, diferentemente de alguns analistas, disse também que não acredita numa retomada das medidas de controle das importações pelo governo argentino com o agravamento da crise enfrentada pelo país vizinho com credores externos.

Ele lembrou da promessa de fim das restrições comerciais feitas pela Casa Rosada na negociação do acordo automotivo entre Brasil e Argentina. “Após o acordo, não faz sentido qualquer restrição à integração entre os países. Qualquer interrupção desse comércio é prejuízo para a produção argentina”, afirmou Moan.

(Fonte: Valor Econômico)