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Após demissões, metalúrgicos na Mercedes-Benz fazem greve de 24 horas

Paralisação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (7) na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), em protesto contra a dispensa de 244 trabalhadores. Na Volkswagen, greve entra no segundo dia.

Publicado: 07 Janeiro, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Adonis Guerra
Moisés SelergesMoisés Selerges
Moisés Selerges: empresa rompeu com acordo de layoff

Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (7), os trabalhadores na Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo (SP), aprovaram a paralisação de 24 horas em protesto contra a demissão de 244 companheiros que estavam em layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho).

Na última segunda- feira (5), os trabalhadores na montadora já haviam manifestado em assembleia solidariedade aos demitidos pela empresa. Eles também aprovaram um “estado de alerta” para desenvolver qualquer nova ação em defesa dos trabalhadores proposta pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. 

“A empresa rompeu o acordo do layoff, que prevê a manutenção do contrato até abril deste ano”, explicou durante a assembleia o diretor Administrativo do Sindicato, Moisés Selerges.

Segundo ele, a montadora alegou que as demissões ocorriam devido a “baixa performance” dos 244 companheiros. “Ao fazer isso, a Mercedes usou um critério subjetivo e colocou em risco o emprego de todos os trabalhadores”, ressaltou o dirigente.

“Por isso, nesta quarta-feira (7) não haverá produção nesta fábrica. É nossa resposta à empresa para defendermos nosso maior patrimônio, que é o emprego”, completou Moisés.

A paralisação na montadora é total e conta com a adesão de mais de 90% dos cerca de 11 mil trabalhadores na Mercedes, já que alguns só retornam das férias na próxima segunda-feira (12).

O presidente do Sindicato dos Metalúrgico do ABC, Rafael Marques, que nesta quarta esteve conversando com os mensalistas na montadora por volta das 7h30, voltou a defender um sistema de proteção ao emprego dos trabalhadores. Principalmente no setor automotivo, onde a as oscilações de mercado são muito comuns.

“Estamos tentando junto ao governo federal implantar um sistema semelhante ao que já existe na Alemanha e provou sua eficiência durante a crise europeia, quando amenizou a situação do desemprego no país sede da Mercedes”, finalizou Rafael. 

Já a greve deflagrada ontem pelos 13 mil metalúrgicos na Volkswagen entrou em seu segundo dia (leia aqui). 

(Fonte: Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC)

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