Arcelor investirá us$ 4 bi para se autossuficiente em minério de ferro

O maior grupo siderúrgico global, ArcelorMittal, deve fazer mais de US$ 2 bilhões em cortes de custos até 2012. Em contrapartida, a empresa prevê investimentos US$ 4 bilhões para se tornar autossufuciente em minério de ferro, nos próximos cinco anos. A empresa informou a investidores ontem que as metas imediatas de expansão estão concentradas na Índia e no Brasil.

Especificamente em território brasileiro, a ArcelorMittal planeja aumentar a capacidade de três usinas de produtos longos e, para aços planos, a companhia poderá ampliar a usina de Tubarão ou construir uma nova. A empresa também planeja um novo projeto no País até 2020.

Na Índia, onde a aquisição de terrenos tem-se mostrado um obstáculo, a Arcelor revisou sua estratégia. Em vez de concentrar esforços apenas em dois megaprojetos, a companhia vai investir em instalações menores. O grupo espera que a demanda por aço na Índia triplique até 2020.

A companhia informou que pretende buscar eficiência em toda a organização. A ArcelorMittal já alcançou US$ 3 bilhões do que descreve como "ganhos administrativos" desde o início da crise financeira, principalmente através do corte no número de funcionários

A nova meta de redução de custos está alinhada com os US$ 5 bilhões anunciadas pela a companhia no início da crise.

O diretor de mineração do grupo afirmou que se mantém o objetivo estipulado no primeiro semestre de aumentar a produção anual de minério de ferro para 100 milhões de toneladas em 2015, um incremento de mais de 50% em relação à atual capacidade. Ontem, a ArcelorMittal informou que isso sairá a um custo de US$ 4 bilhões. A meta de produção inclui contratos de longo prazo, bem como minas da própria Arcelor.

As siderúrgicas enfrentam cada vez mais pressão das mineradoras, principalmente depois da mudança forçada no sistema de negociação de preços de um regime anual para um trimestral.

A ArcelorMittal também informou que planeja ampliar seu acesso a carvão mediante joint ventures e expansão para novas regiões.

Fonte: DCI