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ArcelorMittal mantém duplicação da mina de Andrade em MG

Publicado: 17 Novembro, 2011 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A suspensão temporária do projeto de dobrar a capacidade da fábrica da ArcelorMittal em João Monlevade (MG) não vai frear a duplicação da mina de Andrade, no mesmo estado, afirmou na última segunda-feira o presidente da empresa no Brasil, Benjamin Baptista Filho, após participar de um painel no Congresso Latino-Americano de Siderurgia, no Rio de Janeiro.

De acordo com o executivo, a empresa pretende vender o minério de ferro que seria direcionado para a capacidade ampliada de sua siderúrgica. Baptista Filho disse que a empresa avaliará qual será a melhor maneira de venda, mas admitiu que "certamente" a siderúrgica terá capacidade adicional de produção durante um período. Ele não deu, no entanto, detalhes de quem seriam os possíveis compradores desse excedente de produção.

A paralisação do plano de investimento de US$ 1,2 bilhão na unidade de João Monlevade deve ser mantida até que sejam percebidas melhoras no mercado de aço. Segundo Baptista Filho, a suspensão deve ser temporária, e, uma vez que as condições de mercado o permitam, a empresa promete retomar os seus planos.

O executivo não revelou quanto do aporte previsto já foi executado nas obras de preparação do sítio. Ele informou, no entanto, que os contratos de compra de equipamentos para a ampliação não foram cancelados.

Sobre a suspensão do investimento em uma nova linha de galvanizados em Santa Catarina, o executivo afirmou que a empresa também pretende retomá-lo futuramente, sem estimar data. Ele garante que o aporte é "inevitável" e que irá acontecer. O valor previsto para as obras deve ser de cerca de US$ 300 milhões.

Segundo Baptista Filho, o empreendimento em questão estava em processo de licitação. "Estávamos às vésperas de assinar os contratos", disse. A previsão da ArcelorMittal era iniciar a operação no final de 2013 ou início de 2014. "Em face dessa situação internacional, a nossa avaliação é de que provavelmente o mercado vai crescer menos rápido", disse, justificando o adiamento "um pouco para frente" do empreendimento.

Fonte: DCI