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Ativistas em greve de fome por 23 dias são recebidos por ministros do Supremo

Publicado: 23 Agosto, 2018 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Os ativistas em greve de fome em Brasília completaram 23 dias sem alimentação nesta quarta-feira (22). Eles cobram que o Supremo Tribunal Federal (STF) coloque em votação três ações declaratórias de constitucionalidade (ADC's) sobre a legalidade da prisão em segunda instância. Desde o início da tarde, os grevistas seguiram uma agenda de encontros com ministros da corte. Primeiro, Luiz Roberto Barroso e, na sequência, Rosa Weber.

A votação das ADC's podem impactar diretamente na liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato ao Planalto em outubro, que está preso desde abril sem uma sentença tramitada em julgado, sendo cabível ainda recursos. A militante (NOME) disse, em coletiva concedida após os encontros, que "

Além dos sete grevistas, Frei Sérgio Görgen e Rafaela Alves, Luiz Gonzdo, o Gegê, Jaime Amorim, Zonália Santos e Vilmar Pacífico e Leonardo Soares, que apresentam fragilidade pela desnutrição, estiveram nas audiências representantes de movimentos sociais, juristas e a equipe médica que acompanha os ativistas.

Antes da reunião, o pastor protestante Ariovaldo Ramos fez uma visita aos militantes, que encontram-se, quando não em compromissos, em camas hospitalares e cadeiras de rodas. "A situação nos leva a medidas extremas. Vocês representam a angústia que todos nós estamos sofrendo. Falam do estado de exceção que se estabeleceu no Brasil e fala sobre um Judiciário que não está cumprindo seu dever. Se estivesse, nada disso estaria acontecido. O impeachment seria ilegal, o julgamento de Lula teria sido justo, os senhores do poder estariam nos tribunais e não assistindo as acusações caducarem", disse.

Também hoje, a pastora luterana Lusmarina Campos Garcia enviou uma carta de apoio aos grevistas. "Agradeço a sua coragem de ter tomado esta decisão radical em prol da democracia e da justiça em nosso país. A sua bravura nos dá força e inspiração", disse.

Lusmarina contou que escreveu uma carta para a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, responsável pela pauta da corte. "Há vidas esperando por sua decisão. Ela está nas mãos dela. A greve de fome é uma ação corajosa e desesperada ao mesmo tempo. Corajosa porque, com bravura, pessoas colocam a sua vida à disposição da construção de uma sociedade mais justa e igualitária; uma sociedade que não admita o retorno à miséria e à fome de milhões de cidadãos e cidadãs, como está ocorrendo no Brasil."

(Fonte: Rede Brasil Atual)