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Baixas: Alcoa realiza novo corte em produção global de alumínio

Publicado: 12 Novembro, 2008 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A Alcoa cortou mais 350 mil toneladas de sua capacidade de produção mundial de alumínio, a mais recente redução de uma grande produtora frente à deterioração dos mercados.

A gigante norte-americana divulgou que precisa fazer os cortes através de seu sistema de fundição devido ao enfraquecimento da demanda por alumínio, o que eleva seu volume total de redução de produção para 615 mil toneladas, ou 15 por cento de sua capacidade total.

As reduções ainda seguem o corte de 720 mil toneladas pela maior produtora da China, a Aluminium Corp of China (Chalco), anunciado no mês passado.

"A situação na China é muito diferente hoje do que era alguns meses atrás, com a atividade industrial se reduzindo dramaticamente", disse Mark Pervan, estrategista-chefe de commodities do Australia & New Zeland Bank.

O mercado mundial de alumínio movimenta em torno de 40 milhões de toneladas por ano, informou a Australian Bureau of Agricultural and Resource Economics.

Até agora, a China realizou as reduções mais profundas, que levaram um grande número de fundições de alto custo a ficarem ociosas este ano.

Mas à medida que a crise financeira atinge mais profundamente a atividade industrial global, tais efeitos se estendem.

Outra grande produtora, a Rio Tinto está revendo uma joint venture no setor de alumínio , estimada em 10,6 bilhões de dólares, com a companhia saudita Maaden, como parte de uma reavaliação de todos os seus negócios em alumínio. Fontes próximas ao projeto disseram que a parceria pode ser adiada em até dois anos.

"Nós estamos olhando para a viabilidade técnica e financeira de todos os nossos projetos, isso não é apenas para a Maaden", disse à Reuters Dick Evans, diretor de negócios de alumínio da Rio Tinto, em Dubai.

No mesmo período do ano passado, a Rio Tinto gastou 38 bilhões de dólares para comprar a produtora de alumínio canadense Alcan, superando facilmente a oferta de 27 bilhões de dólares realizada pela Alcoa, sob a justificativa de querer se tornar a maior produtora mundial.

No Brasil, a Vale está reduzindo a produção da Valesul, sua unidade de alumínio no Rio de Janeiro, para 40% da sua capacidade anual de 95 mil toneladas.

Os preços de alumínio caíram mais de 40% para cerca de 1,995 mil dólares a tonelada desde julho na London Metal Exchange, à medida que a demanda das indústrias se reduziu.

Fonte: Reuters