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Boeing volta a adiar lançamento do avião 787 Dreamliner

Publicado: 24 Junho, 2009 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A fabricante de aviões Boeing disse nesta terça-feira (23) que adiou o primeiro voo de seu 787 Dreamliner, já postergado em dezembro passado, e não fixou uma nova data para o lançamento.

Este é o quinto adiamento do calendário do 787 Dreamliner, considerado uma peça-chave para o futuro da empresa. O projeto, que já tem 865 encomendas de 56 companhias aéreas no valor de US$ 144 milhões, está dois anos atrasado em relação ao cronograma original.

A Boeing anunciou que terá pronto em algumas semanas um novo calendário para o primeiro voo e a primeira entrega do aparelho. Enquanto isso, as equipes técnicas continuarão com os testes do 787, segundo a empresa.

A empresa explica no comunicado que o atraso se deve à necessidade de reforçar uma parte da fuselagem identificada em testes recentes.

A Boeing esperava poder realizar o voo inaugural no dia 30 de junho, em um cronograma que terminaria com a entrega das aeronaves encomendadas pela companhia All Nippon Airways (ANA) no primeiro trimestre de 2010.

O processo de fabricação foi prejudicado por problemas ligados à complexa "linha de montagem" internacional e por uma greve de dois meses dos funcionários da Boeing, em dezembro do ano passado

A notícia foi muito mal recebida pelo mercado, já que a direção da Boeing havia garantido na semana passada que manteria seu calendário. A Boeing disse que sua projeção financeira será atualizada em julho para refletir qualquer impacto do novo atraso.

A empresa e a concorrente Airbus estão sendo atingidas fortemente, conforme operadores de carga sofrem em meio às dificuldades econômicas em várias partes do mundo. Até agora no ano, a Boeing recebeu 45 cancelamentos para o 787.

O 787 Dreamliner é o primeiro novo modelo da empresa em mais de uma década. O avião promete mais economia para as companhias aéreas, graças a seu design, material e tecnologia. A aeronave é fabricada com 50% de compostos de plástico, comparado com os 12% do 777, o que reduziria o consumo de combustível em 20%.

Fonte: G1