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Brasil produzirá os bem sucedidos helicópteros Dauphin-2

Publicado: 10 Julho, 2007 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

O Brasil vai produzir em Itajubá (MG), na fábrica da Helibras, o helicóptero Dauphin-2, francês, e também o Pantera, a sua poderosa versão militar. O modelo é um sucesso de vendas, com 850 unidades colocadas no mercado internacional - 55 das quais destinados a clientes brasileiros. O governo federal e a European Aeronautic Defence and Space Company (EADS), controladora da Eurocopter - por sua vez, a principal acionista da empresa nacional - já estão discutindo o processo, que deve entrar na fase executiva até dezembro. De acordo com o diretor-geral da EADS no País, Eduardo Marson Ferreira, 'a produção local dessa aeronave, com exclusividade, faz parte da plataforma de negociações do grupo'.

A Eurocopter exportou 55 Dauphin/Pantera para o Brasil. Só a Aviação do Exército mantém uma frota de 33 helicópteros, que atuam combinadamente com ao menos outras 17, do modelo Esquilo, menor, produzido regularmente em Itajubá. A Helibras é responsável pela entrega de 500 helicópteros, no valor acumulado de US$ 1 bilhão, desde que entrou em operação em 1978. Há mais. A Helibras, a Eurocopter francesa e a sul-africana ATE assinaram em junho um acordo de cooperação técnica no campo militar para o desenvolvimento de programas avançados de revitalização de aeronaves de asa rotativa, engenharia de equipamentos de bordo, sistemas de armas e integração de plataformas operacionais.

A EADS fatura na Europa acima de 40 bilhões. No Brasil, são 6 bilhões, provenientes de setores tão diversos quanto a venda de aviões de passageiros Airbus - só a TAM opera 86 jatos e acaba de comprar mais 22 -, o fornecimento de componentes para foguetes experimentais orbitais, a reconfiguração de turboélices de patrulha marítima e a troca de motores de mísseis Exocet de longo alcance, usados pelo Comando da Marinha contra alvos situados a distâncias entre 45 km e 70 km. São armas famosas no Atlântico Sul. Com os Exocet, a aviação naval da Argentina afundou e danificou navios britânicos durante a guerra pelas ilhas Falklands/Malvinas, há 25 anos.

Fonte: Agência Estado