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Brasil tem primeiro crescimento da produção industrial em quatro anos

Publicado: 02 Fevereiro, 2018 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A produção industrial brasileira voltou a crescer em 2017, ficando em 2,5% e seu primeiro resultado positivo em quatro anos e o melhor desde 2010, informou nesta quinta-feira (01) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em dezembro, o aumento da produção industrial foi de 2,8% em relação a novembro – seu quarto resultado positivo – e de 4,3% em comparação com o mesmo mês de 2016.

O principal motor dessa recuperação foi a fabricação de automóveis, estimulada pelas exportações, que teve crescimento mensal de 7,4%, interanual de 25,1% e de 17,2% acumulado no ano.

Em 2017, todas as categorias fecharam com resultados positivos em comparação com 2016: bens de capital (+6%), bens intermediários (+1,6%) e bens de consumo (+3,2%), tanto duradouros (13,3%) como semiduráveis ou não-duráveis (+0,9%), precisou o IBGE.

O resultado, além disso, está em uma trajetória ascendente, segundo afirmou à imprensa André Macedo, responsável pelo relatório.

Macedo destacou a rapidez do crescimento, já que em julho de 2017 o acumulado de doze meses da produção industrial marcava uma contração de 7,7%.

O Brasil emergiu em 2017 de uma das piores recessões de sua história, com uma contração de seu PIB de 3,5%, tanto em 2015 quanto em 2016.

Este é o primeiro resultado positivo da produção desde 2013, quando cresceu 2,1%. Depois disso, foram registradas três retrações: -3,0% em 2014, -8,3% em 2015 e -6,4% em 2016. Ele também é o melhor resultado desde 2010, quando tinha crescido 10,2%.

Essa cifra se soma a outros sinais de reativação econômica, “como algum tipo de melhora do mercado de trabalho, embora isso se deva a empregos informais”, explicou Macedo.

A inflação também recuou em 2017, permitindo uma redução das taxas de juros.

Os resultados do PIB do ano passado serão divulgados apenas em março, mas estimativas oficiais indicam uma expansão de 0,7%. Para este ano, a previsão é de 2,2%.

Já o mercado prevê uma expansão de 2,66% do PIB neste ano e de 3,18% da produção industrial.

Contudo, os investidores estão bastante atentos ao cenário político, às vésperas das eleições presidenciais de outubro, que ainda não têm nenhum candidato pró-mercado em destaque.

O presidente Michel Temer ainda luta para conseguir aprovar a reforma da Previdência, considerada essencial pelos mercados para sanear as contas públicas.

Por atividades 
Das 16 atividades avaliadas pelo IBGE, 19 fecharam em expansão em 2017, enquanto sete tiveram retração.

Entre as primeiras, além dos automóveis (+17,2%), destacam-se as indústrias extrativas (+4,6%), de equipamentos e produtos eletrônicos (+19,6%), metalúrgicos (+4,7%) e de alimentação (+1,1%).

As que tiveram queda foram a produção de derivados del petróleo (-4,1%), de equipamentos de transportes (-10,1%) e de produtos farmacêuticos (-5,3%).

(Fonte: Istoé)