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Campanha de Marina endossa lobby contra indústria brasileira no pré-sal

Coordenador de campanha Walter Feldman disse que modelo de partilha será mudado em caso de vitória de Marina Silva. Isso significaria desemprego e fim de recursos para educação e saúde.

Publicado: 17 Setembro, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

O partido da candidata Marina Silva assumiu: tem a intenção de priorizar o interesse das multinacionais na exploração do pré-sal. É o que prevê, pelo menos, a revisão do regime de partilha, aprovado durante o governo Lula. Na segunda-feira (15), enquanto milhares de trabalhadores se manifestavam no Rio de Janeiro em defesa do pré-sal e da Petrobras, em São Paulo o coordenador da campanha da presidenciável, Walter Feldman, se encontrava com empresários das multinacionais de petróleo e chamou a política atual de "doutrinária" e errada.

No atual modelo, vigente para a exploração de áreas cuja expectativa é de grandes quantidades de petróleo, o Estado fica com a maior parte dos lucros obtidos e a participação da Petrobras é obrigatória na exploração de todos os campos. Feldman argumentou que a situação financeira da estatal não permite que isso seja praticado. "A própria Petrobras se diz com dificuldades de responder a essa demanda", disse ele.

No modelo de concessão, vigente durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e apropriado para áreas de maior risco exploratório e com expectativa menor em relação a quantidades, predominam os interesses das grandes multinacionais, como Shell, BP (British Petroleum) e Chevron, que passariam a explorar e obter a maior parte dos lucros da riqueza extraída de mares brasileiros.

Segundo Walter Feldman, executivos do setor criticaram a emissários da candidata, durante encontro na semana passada, a política de conteúdo local – que prevê que 60% dos componentes sejam feitos no Brasil. Rever o regime de partilha na exploração de petróleo também é uma proposta do candidato do PSDB, Aécio Neves.

(Confira aqui análise de Helena Sthephanowitz, articulista da Rede Brasil Atual, a respeito do assunto)

(Fonte: Brasil 247)

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