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Campanha salarial: metalúrgicos de Minas Gerais entregam pauta de reivindicações

Publicado: 02 Agosto, 2016 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: FEM-CUT/MG
Pauta de reivindicações foi entregue na última sexta-feira (29)Pauta de reivindicações foi entregue na última sexta-feira (29)
Pauta de reivindicações foi entregue na última sexta-feira (29)

Na última sexta-feira (29), os metalúrgicos de Minas Gerais entregaram a pauta de reivindicações à Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) da campanha salarial unificada 2016. O ato contou com a presença de dezenas de sindicalistas e trabalhadores.

Este ano os metalúrgicos de Minas vão discutir com a bancada patronal as cláusulas econômicas e sociais. As principais reivindicações econômicas são: reajuste salarial de 12,5% e piso salarial de R$ 2.200,00. Entre as cláusulas sociais, vale destacar a redução de jornada para 40 horas semanais sem redução de salário e adicional noturno de 40%.

“Diferentemente da proposta do representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI), de ampliar a jornada de trabalho para 80 horas semanais, nossa luta é pela redução da jornada para 40 horas sem redução de salário. Sabemos das dificuldades dessa campanha, mas temos que superar com muita luta para que possamos conquistar o aumento real de salário”, disse Marco Antônio de Jesus, presidente da Federação dos Metalúrgicos da CUT de Minas Gerais (FEM/CUT-MG).

O tesoureiro da FEM/CUT-MG, José Wagner,  ressaltou a importância da mobilização dos trabalhadores para garantir e ampliar as conquistas. “Estamos em plena transformação política iniciada através de um golpe que busca flexibilizar as leis do trabalho retirando benefícios duramente conquistados pelos trabalhadores. Somente com muita luta será possível barrar o avanço dessa agenda golpista”, disse.

O dirigente do sindicato dos metalúrgicos de Belo Horizonte e  Contagem, Ubirajara Freitas, fez uma análise do apanhado das medidas em curso do governo golpista do Temer para mostrar a importância dessa campanha salarial como espaço de resistência contra o retrocesso. “Nessa campanha, ao discutir com o trabalhador e com a trabalhadora na fábrica a cerca do reajuste salarial, será o momento de também trazer para a mesma discussão a reflexão do porque as coisas estão assim”, disse o sindicalista que também é secretário de Organização da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT). 

Antes de analisar as reivindicações dos metalúrgicos, o presidente do conselho de relação do trabalho da FIEMG, Osmani Teixeira, de Abreu, reclamou da atual situação econômica política do Brasil para não valorizar os trabalhadores. “Não é segredo para ninguém que a situação das empresas no geral não é cômoda, a indústria está sem produção por consequência sem faturamento. Conceder aumento terá mais custo do trabalho”, tentou justificar.

(Fonte: Leandro Gomes, assessoria de imprensa da FEM/CUT-MG)