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Campanha salarial: sem ganho real no salário, FEM-CUT diz que não assina acordo em SP

Publicado: 07 Outubro, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Vanessa Presse
São CarlosSão Carlos
São Carlos: metalúrgicos na Tecumseh comquistam aumento real depois de greve de uma semana

Se as bancadas patronais continuarem com a posição de manterem apenas o reajuste de 6,35% (INPC da data-base da categoria metalúrgica, 1º de setembro), as paralisações serão intensificadas em todo o Estado nesta semana. O recado é da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT/SP, que representa 14 sindicatos e 215 mil metalúrgicos em campanha salarial no Estado. “Já deixamos claro que sem ganho real no salário, a Federação não assina acordo”, garantiu o presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques da Silva, Biro-Biro.

Outra reivindicação é a licença maternidade de 180 dias para os grupos patronais que ainda não concedem este benefício de forma efetiva às trabalhadoras. Estes são os casos do Grupo 8 e Estamparia, cuja a cláusula é “facultativa” e no G10, que assegura apenas 150 dias. “Em todos os demais grupos esta cláusula é um direito da mulher metalúrgica. Queremos unificá-la nestes setores também”, explicou.

Biro também informou que, em razão da lentidão das bancadas patronais, alguns sindicatos filiados já estão fechando acordos por empresas.

Mobilizações e greves no Estado

Crédito: Guilherme Moura
PindamonhangabaPindamonhangaba
Pindamonhangaba: greve na Gerdau completa cinco dias nesta terça-feira

Na base da FEM-CUT/SP, os protestos estão sendo ampliados nas regiões desde a última semana.

Os metalúrgicos na Tecumseh do Brasil (empresa do setor de máquinas), em São Carlos, conquistaram aumento real depois de uma paralisação que durou uma semana.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Cajamar realizou na terça-feira (30) assembleias com protestos nas portas das fábricas da Brasforja (setor de forjaria) e da AJE (autopeças).

Em Sorocaba, os trabalhadores do primeiro turno da ZF do Brasil e ZF Sistemas pararam a produção por mais de 1h30 também na terça-feira.

Em Pindamonhangaba, os metalúrgicos na Gerdau entraram nesta terça-feira (7) no quinto dia de greve.

Crédito: Fabiano Ibidi
ABCABC
ABC: trabalhadores aprovam greve geral a partir de amanhã

Já os metalúrgicos do ABC aprovarama deflagração de greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (8).

A orientação da FEM é que todos os sindicatos filiados façam assembleias prolongadas e paralisações nas suas bases para pressionar as bancadas patronais a avançarem nas reivindicações econômicas.

Reivindicações
Neste ano estão sendo negociadas as cláusulas econômicas, porque as sociais têm validade de dois anos e estão garantidas até 31 de agosto de 2015.

As reivindicações deste ano são: reposição dos salários pelo índice integral da inflação; aumento real de salário; valorização dos pisos; licença maternidade de 180 dias para os grupos patronais que ainda não concedem este benefício às trabalhadoras e redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução no salário.

Base em Campanha

* Grupo 2 (máquinas e eletrônicos) - 89.139 trabalhadores

* Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos) - 51.531 trabalhadores

* Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros) - 41.872 trabalhadores

* Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros) - 23.825 trabalhadores

* Estamparia - 5.337 trabalhadores

* Fundição - 3.941 trabalhadores

Total: 215.645 metalúrgicos em Campanha (vale lembrar que a FEM-CUT/SP representa 251 mil metalúrgicos na base, mas as negociações do setor aeroespacial e das montadoras acontecem por empresa) 

(Fonte: Imprensa FEM-CUT/SP)