Candidato do Novo não pretende combater desigualdade, nem distribuir riqueza

Fundador do Partido Novo e pré-candidato à presidência da República, o banqueiro João Amoêdo postou no Twitter que o projeto da legenda é "combater a pobreza e não necessariamente a desigualdade".

"Somos, felizmente, diferentes por natureza. O combate à pobreza se faz com o crescimento e com a criação de riqueza, e não com a sua distribuição", prosseguiu. Amoêdo tentou depois explicar a mensagem a seus seguidores, uma vez que passou a ser bombardeada de críticas.

O tuíte mereceu resposta da pré-candidata do PCdoB, Manuela D´Ávila: "Essa turma do antigo com roupa nova quer transformar a desigualdade social em algo natural. Para eles a escravidão, as capitanias hereditárias, as benesses da amizade secular c/ o Estado que dizem combater são'naturais'. Desigualdade social não é natural!"

Amôedo respondeu Manuela: "Manuela, todas as desigualdades que você citou foram criadas pelo Estado e somos contrários. Segundo o IPEA, o Estado é responsável por 1/3 da desigualdade brasileira".

E escreveu ainda: "Como diz o especialista em desigualdade Branco Milanovic, existe a boa e a má desigualdade. A boa é a que nasce do trabalho, da inovação gerada. A má é a que as pessoas não enriquecem pelo valor que geraram para a sociedade, mas sim por privilégios que têm junto aos poderosos". O empresário também postou ser a favor "de uma rede de proteção aos mais pobres, para reduzir a pobreza".

Entre seus afiliados, o Partido Novo conta com alguns ex-membros do MBL e do Vem Pra Rua. Mas há alguns nomes mais famosos, como o ex-presidente do Banco Central do governo FHC, Gustavo Franco, e o ex-técnico da seleção brasileira de Vôlei Bernardinho. O ex-treinador deve disputar o governo do Rio pelo partido.

(Fonte: Brasil 247)