MENU

CNBB defende direito à livre manifestação

Em encontro com Centrais, entidade religiosa ressalta que reformas serão prejudiciais à classe trabalhadora.

Publicado: 21 Junho, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CUT
--
Encontro aconteceu na tarde de ontem

Às vésperas da realização de uma nova greve, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, se reuniu ontem (20) com o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Dom Sérgio da Rocha e o secretário geral da instituição, Dom Leonardo Ulrich Steiner para, mais uma vez, manifestar preocupação com os rumos do país e pedir apoio para as novas ações contra o avanço das reformas trabalhista e previdenciária no Congresso Nacional. Sindicalistas de outras centrais também compareceram ao encontro.

Segundo Freitas, os resultados da última greve geral em 28 de abril, que parou mais de 40 milhões de trabalhadores contra as propostas de reforma, teve grande adesão da sociedade e o apoio da CNBB, que manifestou solidariedade à organização das centrais e movimentos sociais contribuiu para o sucesso da atividade."Não podemos esquecer também do reforço que a Comissão Nacional de Justiça e Paz deu à histórica caminhada em Brasília, que levou mais de 150 mil pessoas às ruas para pressionar os parlamentares governistas em 24 de maio”, lembrou o dirigente.

Para Dom Sergio da Rocha, que também é arcebispo de Brasília, a CNBB sempre defenderá o direito às manifestações pacíficas que vêm ocorrendo em todo o país contra o desmonte do Estado brasileiro: “Temos uma postura em defesa dos trabalhadores e documentamos essa posição na Assembleia Geral da CNBB. Levaremos essa nova demanda ao Conselho Permanente dos bispos”. O cardeal disse ainda que o diálogo e esclarecimento quanto ao teor das propostas sugeridas pelo governo deve se intensificar por meio das redes sociais, “já que a mídia tradicional não informa o suficiente e dificulta a disseminação da realidade dessas reformas”, observou.

Já o secretário geral da Intersindical, Edson Carneiro Índio, apontou que a reforma trabalhista pode até ter um viés positivo para o empresariado. “Só que eles não se deram conta que sem salário fixo e poder de compra, ninguém terá crédito no mercado para consumir”, destacou.

Ainda conforme reforçou Vagner Freitas ao final do encontro, a reforma trabalhista é muito pior que a previdenciária, pois destrói direitos conquistados com muita batalha ao longo de décadas. Por isso, disse ele, “o apoio da comunidade católica é importante para que essa mensagem de esclarecimento consiga penetrar na população”. A pressão, avaliou Freitas, está surtindo efeito e deixando os congressistas constrangidos, “já que ano que vem tem eleição”.

(Fonte: Luciana Waclawovsky - CUT Nacional)

CUT