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CNM realiza último módulo de programa de formação para Coletivo de Relações Internacionais

Publicado: 07 Novembro, 2018 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
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Participantes do curso de formação 'Ação Internacional e o Fortalecimento das Redes Sindicais'

Começou nesta terça-feira (06), o terceiro e último módulo de formação 'Ação Internacional e o Fortalecimento das Redes Sindicais', voltado ao Coletivo de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT). O encontro, que acontece no Instituto Cajamar (SP) e se estende até quinta-feira (09), reúne metalúrgicos de todo o país. 

O primeiro dia do encontro foi marcado por especialistas que debateram análise de conjuntura política e econômica do Brasil. O professor de Relação Internacional da Universidade Federal do ABC (UFABC) Valter Pomar foi o primeiro a fazer seu diagnóstico. 

Para Pomar, o país irá sofrer um aprofundamento do neoliberalismo nos próximos anos e uma tentativa de criminalizar os movimentos sindicais e sociais. “A direita do país irá destruir as condições da esquerda disputar as próximas eleições, inviabilizar as condições de funcionamento normal dos movimentos de mobilização e criminalizar as lutas sociais através de meios legais e ilegais.”

Crédito: CNM/CUT
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O professor Valter Pomar fez análise de conjuntura política durante encontro


No período da tarde, a técnica do Dieese Adriana Marcolino fez uma análise das mudanças na organização do trabalho através da convergência de tecnologias. “Este novo modelo é de interesse do capital, que tem contratos de precarização. E o movimento sindical precisa se organizar para intervir neste processo”, disse. “A ampliação de formas mais flexíveis de jornada podem empurrar as mulheres para fora do mercado de trabalho, já que elas buscam formas de compatibilizar o trabalho produtivo e reprodutivo”, completou.

O encontro também teve a participação do professor Giorgio Romano da UFABC no debate sobre a indústria 4.0. "Em países, como a Alemanha, a indústria 4.0 trata-se de um pacto social com empresas, sindicatos e governo. E no Brasil precisamos tomar cuidado porque o trabalho será apenas sob demanda. Consequentemente, aumentando o número de autônomos e trabalhadores  temporários", afirmou. "No futuro, diversas atividades não vão mais existir. É fundamental a construção de um sistema de proteção social para os trabalhadores de todo o mundo", concluiu.

Crédito: CNM/CUT
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Romano debateu indústria 4.0 no Brasil e na Alemanha

Redes Sindicais
Na abertura do encontro, o secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, Maicon Vasconcelos, recapitulou os objetivos da criação do curso e a importância da política de redes sindicais. "É um trabalho que fortalece a política da Confederação neste momento que os direitos da classe trabalhadora estão sob ataque. É uma ferramenta de diálogo com os trabalhadores e será essencial neste momento de disputa política", explicou.

Representando a Fundação Friedrich Ebert Stiftung, que organizou a atividade em parceria com a CNM/CUT, Waldeli Melleiro, falou sobre a solidariedade internacional para o fortalecimento da luta de classe. “Precisamos caminhar internacionalmente com ações conjuntas, pois as empresas atuam globalmente na retirada de direitos dos trabalhadores”, afirmou.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)