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CNM orienta sindicatos a priorizar vidas em acordos coletivos durante pandemia do Covid-19

Segundo presidente da entidade, Paulo Cayres, acordo individual, como prevê MP de Bolsonaro, é destruir o sindicato, por isso é importante a negociação coletiva

Publicado: 28 Abril, 2020 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Durante um debate virtual sobre negociação coletiva no setor privado, organizado pela CUT, o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), Paulo Cayres, um dos palestrantes, afirmou que os sindicatos e federações filiadas à entidade têm seguido a orientação da entidade e conseguido conquistar acordos priorizando vidas e ainda com mais direitos.

“Tem trabalhadores que conquistaram, junto com seus sindicatos, 100% do salário líquido com o complemento do governo, como garante a MP 936. E onde o movimento sindical possui menor organização, a alternativa é via justiça, apesar das dificuldades”, afirma Paulão, como é conhecido no movimento sindical.

Ele cita como exemplo de não conseguir fechar acordo, os trabalhadores e as trabalhadoras em Minas Gerais, mas nesta pandemia, via justiça, segundo Paulão, eles conseguiram manter seus salários, ainda que reduzidos, e ainda que grupos de risco ficassem em casa.

“No ABC, mais de 90% das empresas tem negociação”, destacou o dirigente.

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, a negociação é fundamental, mas é também fundamental que os sindicatos acompanhem as situações nas empresas.

Segundo ela, negociar individualmente com os bancos públicos, por exemplo, significa negociar com o Governo Bolsonaro, sendo que a intenção é flexibilizar e precarizar ainda mais as relações do trabalho.

“Lamenta-se três óbitos no setor, mas é importante destacar quantas vidas foram salvas através da negociação”, diz Juvandia.