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Coletivos da CNM/CUT traçam seus planos de ação para este ano

Publicado: 07 Abril, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
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Coletivos da CNM/CUT  

Terminou na última quinta-feira (06), no Instituto Cajamar (SP), o encontro dos Coletivos de Juventude, Mulheres, Formação, Igualdade Racial e Saúde da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT). Após três dias de debates, leia mais aqui sobre o primeiro dia do encontro, os coletivos finalizaram a atividade com o plano de ação para 2017.

O presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, esteve presente nos três dias da atividade e lembrou os participantes da importância dos Coletivos para lutar contra o atual governo golpista. "O papel de dirigente neste país é gigantesco. Precisamos ir às ruas contra a pauta de retrocesso que o Temer quer impor. Este encontro é para preparar, formar e combater esta onda de fascismo contra os pobres, negros e trabalhadores." 

Confira abaixo a avaliação de cada secretário responsáveis pelas áreas temáticas e o plano de ação traçado pelos coletivos da CNM/CUT para este ano.

IGUALDADE RACIAL
O principal ponto de ação do Coletivo de Igualdade Racial é a continuidade do curso de Formação Sindical 'Combate ao Racismo para a Construção da Igualdade Racial', que formou dirigentes de todo país e foi criado o Coletivo Nacional de Igualdade Racial da CNM/CUT. 

“Este ano temos o objetivo de realizar o primeiro módulo do curso em Pernambuco, Ceará e em Rondônia. E o segundo módulo será ministrado nas Federações de São Paulo e Minas Gerais e no Departamento de Santa Catarina”, contou a secretária de Igualdade Racial da CNM/CUT, Christiane dos Santos. “Além disso, saímos com o compromisso de propor cláusulas nos Contratos Coletivos de Trabalho de equidade racial para diminuir as desigualdades raciais no local de trabalho”, completou.

Ainda de acordo com a secretária, a discussão sobre políticas de drogas no ambiente de trabalho, que reuniu todos os coletivos no primeiro dia, precisa ser debatido nos sindicatos e federações. “Os coletivos saem mais fortalecidos para implementar as políticas específicas, mas também colocamos em pauta um tema que envolve todos. Nós, do movimento sindical, precisamos construir cláusulas que protejam os trabalhadores usuários para não excluí-los da sociedade”, afirmou.

MULHERES 
Dar continuidade ao levantamento da cláusula de creche do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho (CCNT) e garantir representação nacional nas atividades regionais são uma das ações do Coletivo de Mulheres da CNM/CUT.

Além disso, o Coletivo também planejou o mapeamento das mulheres metalúrgicas sindicalizadas no país. “Temos os números de mulheres que estão na base da CUT, porém não sabemos quantas dessas são associadas aos seus sindicatos. Queremos conhecer quem são essas mulheres e como podemos fortalecer o seu trabalho. Este dado também irá auxiliar a campanha de sindicalização de mulheres”, avaliou Marli Melo do Nascimento, secretária de Mulheres da CNM/CUT.

A secretária também avaliou as discussões que foram realizadas com os cinco coletivos reunidos. “Infelizmente, o uso de drogas, a cultura do estupro ainda não são temas debatidos profundamente pelo movimento sindical, mas a ideia é que os membros dos coletivos façam estas discussões com os trabalhadores nas fábricas”, explicou

FORMAÇÃO
Já o Coletivo de Formação estabeleceu a continuação e avançar na publicação de um almanaque para resgatar a história da formação metalúrgica da CUT e também a manutenção dos encontros regionais.

Além de levar o conteúdo sobre política de drogas para as instâncias sindicais, o Coletivo também propôs inserir o tema no 4º módulo de Módulo do Curso de Organização Representação Sindical de Base (ORSB).

Para o secretário em exercício de Formação da CNM/CUT, José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho, o encontro dos cinco coletivos é fundamental no fortalecimento da luta da classe trabalhadora. “É um momento que devemos unir ainda mais a pauta dos trabalhadores. É um momento muito difícil da classe trabalhadora, mas juntos podemos enfrentar este governo golpista que quer retirar os direitos conquistados ao longo da história”, disse.

SAÚDE
Os principais pontos de ação do Coletivo de Saúde Além disso é a realização do seminário regional de atualização da NR-12, que trata da segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, e da NR-05, norma que trata da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). E para fomentar o debate sobre política de drogas, o coletivo propôs fazer uma pesquisa regional sobre os acordos coletivos que apresentam cláusulas sobre o tema.

JUVENTUDE
O Coletivo de Juventude, planejou mapear os movimentos sociais com juventude organizada para fortalecer as lutas em comum.  O grupo também aprovou a organização de um festival da juventude metalúrgica e a publicação de um artigo sobre uso e abuso de substâncias e redução de danos.

No próximo encontro, a pauta específica do Coletivo é debater a comunicação e o uso das redes sociais.

RENOVAÇÃO
Este ano, 40% dos membros dos coletivos foram renovados. Inclusive, o Sindicato dos Metalúrgicos de Rondônia, filiado recentemente à CNM/CUT, já tem representação nos coletivos de Mulheres, Igualdade Racial e Formação.

Confira a avaliação dos dirigentes que participaram pela primeira vez do encontro dos Coletivos.

Mulheres: “As abordagens específicas e a demanda geral são importantes e enriquecedoras para a formação do dirigente sindical. São temas que nos auxiliam no dia a dia do Sindicato para conscientizar os trabalhadores sobre os problemas que estávamos enfrentando. E agora a ideia é construir coletivos no Sindicato para fortalecer as lutas no Estado de Rondônia." - Michele de Lima Barros, Presidenta do Sindicato dos Metalúrgicos de Rondônia

Saúde: “É a oportunidade para todos os sindicalistas reciclarem sua formação e informações. O coletivo de Saúde é muito importante para este momento que os empresários querem sustar a Norma Regulamentadora Número 12 (NR-12), por exemplo. Aqui é o lugar para construir estratégias que protejam a classe trabalhadora." - Inaldo Francisco de Oliveira, Secretário de Saúde do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco. 

Juventude: “Eu participo do Coletivo de Juventude da CUT no Rio Grande do Sul e agora fui convidado para o Coletivo da CNM. As discussões na Confederação agregam muito porque estamos no mesmo ramo, mas as realidades são distintas por estarmos em diferentes estados. Através dos coletivos conseguimos unificar nossas lutas e políticas.” - Genilso Vargas da Rosa – Secretário de Formação do Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo 

Formação: “Os Coletivos são muito importantes para fomentar as políticas da Confederação nas Federações e assim chegar ao chão de fábrica. Além disso, é uma forma de fortalecer as lutas e estratégias dos coletivos estaduais na luta contra o retrocesso que estamos vivendo com este governo golpista." - Alexandra Amaral – Secretária de Formação da Federação dos Metalúrgicos de Minas Gerais (FEM-CUT/MG)

Igualdade Racial: “É um tema novo que a CNM/CUT pautou no movimento sindical faz pouco tempo. Para mim, é um crescimento enorme poder levar aos trabalhadores de base essa discussão da igualdade racial. A pauta em conjunta também nos faz crescer e problematizar o problema do outro com mais atenção” - Margareth da Silva Gonçalves – Secretária de Igualdade Racial da Federação dos Metalúrgicos de Minas Gerais (FEM-CUT/MG) e diretora na CNM/CUT

(Fonte: Assessoria de imprensa da CNM/CUT)