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Coletivos de Saúde e Formação da CNM/CUT planejam novas ações

Publicado: 24 Agosto, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
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Atividade reuniu dirigentes e assessores da CNM e sindicalistas das federações e sindicatos estaduais

Com o objetivo de articular e integrar a política da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), os Coletivos Nacionais de Saúde e Formação atualizaram seu plano de ação visando à organização dos trabalhadores do setor metalúrgico, debatendo propostas em conjunto em encontro inédito, realizado na última terça e quarta-feira (18 e 19). O evento que unificou os dois Coletivos foi feito nos mesmos moldes que o encontro dos Coletivos de Mulheres, Igualdade Racial e Juventude, que havia ocorrido no início do mês (leia aqui).

A atividade da última semana, que reuniu representantes das federações e sindicatos de bases estaduais, também aconteceu na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (SP). A escola é um centro de educação e formação idealizado e mantido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Participaram da mesa de abertura o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, os secretários de Formação, Michele Marques, de Saúde, Ricardo de Souza Ferreira, e de Juventude, Silvio Ferreira. Cayres falou da importância da formação para qualificar a ação dos dirigentes sindicais de base e para contribuir com o surgimento e a inclusão de novas lideranças. "A formação é um importante canal para dialogar com jovens trabalhadores e para atrai-los às lutas sindicais", avaliou. 

No que se refere à saúde do trabalhador, o presidente da Confederação destacou a importância de uma ação sindical consistente nesse tema, para que os ambientes de trabalho sejam locais saudáveis e seguros. "Mas o debate sobre saúde vai além, porque cabe ao movimento sindical também lutar por saúde pública de qualidade, por políticas públicas focadas na saúde do trabalhador e por um sistema previdenciário justo", assinalou.

Crédito: Divulgação
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A partir da esq., Ricardo Ferreira, Michele Marques, Paulo Cayres e Silvio Ferreira


Com o intuito de debater a Norma Regulamentadora 12, que trata da segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, o Coletivo de Saúde decidiu que será realizada a segunda etapa de encontros regionais para aprofundar o conhecimento sobre a NR e lutar por sua aplicação nas fábricas. Segundo o secretário de Saúde, desde 2010 há empresários que querem suspender a NR 12, alegando que a lei é complexa e eleva os custos. “Mas vale lembrar que as empresas que cumprem a Norma são mais competitivas e participativas no mercado e, além de tudo, praticamente zeraram os acidentes no ambiente de trabalho. Os acidentes e mortes no local de trabalho vão aumentar se a NR12 for anulada", afirmou.

Além disso, durante o encontro do Coletivo, também foi proposto seminários regionais sobre a saúde da mulher metalúrgica. Os encontros serão realizados em novembro, em Manaus e Espírito Santo, respectivamente. “O tema da saúde é transversal nas políticas gerais e permanentes da Confederação. Este seminário voltado à mulher é inédito e será feito de modo articulado com a Secretaria de Mulheres. O Coletivo de Saúde quer atuar com as demais Secretarias da CNM/CUT, abordando temas que tenhama ver as suas especificidades”, disse.

Já no Coletivo de Formação, o grupo propôs um programa de formação para os segmentos da CNM/CUT (bens de capital, automotivo, siderúrgico, naval, eletroeletrônico e aeroespacial). “A ideia é construir subsídios para que as nossas lideranças nestes segmentos desenvolvam maior interlocução entre trabalhadores, governo e empresários nos debates sobre a política industrial brasileira. O intuito deste curso é que, posteriormente, seja criado planos como o Inovar Auto, que tem o objetivo do desenvolvimento tecnológico e a produção de componentes da cadeia automotiva no país”, explicou Michele Marques.

Outra proposta é rearticular os encontros dos coletivos regionais de Formação das federações e sindicatos de bases estaduais. “É importante rearticular estes grupos para que possamos fazer um levantamento do percurso formativo dos metalúrgicos e metalúrgicas da CUT. A partir desta aproximação com os coletivos será possível traçar um plano estratégico específico para a formação de cada estado”, assegurou a dirigente.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)