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Companhia Siderúrgica Nacional eleva para 8,6% sua fatia na Usiminas

Publicado: 06 Abril, 2011 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A participação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) na Usiminas chegou a 8,6% das ações ordinárias, com direito a voto, em 21 de março. Ontem, a siderúrgica reiterou sua meta de obter 10% de participação na usina mineira e reafirmou que considera essa iniciativa um investimento estratégico. "Estratégico é explorar o que podemos fazer com as melhores práticas de gestão para fazer uma CSN melhor e uma Usiminas melhor. Existem sinergias. No passado, por exemplo, as duas empresas compravam carvão juntas. O estratégico fica muito nessa linha", disse o diretor executivo de Relações com Investidores da CSN, Paulo Penido. - Há alguns meses, comenta-se que a Camargo Corrêa e a Votorantim teriam a intenção de vender participação na Usiminas. No fim de janeiro, a CSN divulgou ter elevado sua participação no capital social da empresa por meio de aquisições de ações ordinárias, passando a deter, direta e indiretamente, 5,03% desses papéis, o que reforçou esses rumores.

Segundo Penido, a "Usiminas é rival da CSN e continuará sendo rival". O executivo reiterou que há acionistas da Usiminas que já deixaram claro que pretendem permanecer no negócio no longo prazo. Em 18 de fevereiro, os grupos Camargo Corrêa, Votorantim e Nippon Steel renovaram o acordo de acionistas da Usiminas até 2031. Ao lhe ser perguntado se a CSN pretende fazer uma oferta para entrar no bloco de controle da Usiminas e como estão as conversas com os integrantes desse grupo, o executivo da companhia não se manifestou.

A possibilidade de entrada de nova empresa ou grupo no bloco de controle da Usiminas esbarra no acordo de acionistas. Isso porque, pelo acordo, qualquer membro do bloco de controle que decida se desfazer de seus papéis precisa oferecê-los primeiro aos demais participantes desse grupo. Segundo informou uma fonte, a CSN tomou a decisão de comprar participações da Usiminas em mãos do mercado para se proteger de potencial aproximação entre a Gerdau e a siderúrgica mineira.

O diretor comercial da CSN, Luiz Fernando Martinez, afirmou que a meta de vendas da empresa no mercado interno no primeiro trimestre é de 85% a 86%, ante os 82% no quarto trimestre de 2010. "Nossa prioridade total é o mercado interno. Temos vantagem de portfólio de produtos muito diferenciados. Estamos muito bem posicionados nos setores industrial, de distribuição e construção civil", disse.

Fonte: Agência Estado

CSN