Consciência Negra: marcha em SP teve presença de metalúrgicas de Moçambique

Crédito: Roberto Parizotti

Metalúrgicas moçambicanas (de camisetas amarelas) à frente da Marcha

Moçambicanas (de roupa amarela) à frente da Marcha

A 10ª Marcha da Consciência Negra, realizada nesta quarta-feira (20), em São Paulo, teve uma presença especial e que foi valorizada pelos participantes do evento: a delegação de cinco trabalhadoras metalúrgicas de Moçambique, que estão no Brasil desde o último domingo.

As cinco trabalhadoras estão no Brasil cumprindo a última etapa do Projeto de Cooperação Internacional de Formação de Mulheres Metalúrgicas em Moçambique, desenvolvido em parceria entre a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), a IndustriALL Global Union (a entidade internacional que representa os metalúrgicos, químicos e têxteis), o UNIFOR (sindicato canadense dos metalúrgicos e trabalhadores de vários setores) e pelo SINTIME (Sindicato Nacional dos/as Trabalhadores/as nas Indústrias Metalúrgica, Metalmecânica e Energia de Moçambique).

A Marcha deste ano teve como tema "Por um Brasil sem racismo: a juventude quer viver" e reuniu militantes da CUT e outras centrais sindicais, movimentos populares, organizações civis, estudantes e a população em geral. O tema faz referência à realidade vivida pelos jovens negros das periferias, as principais vítimas da violência policial.

Crédito: Roberto Parizotti

Paulo Cayres e dirigentes da CNM presentes na Marcha

Paulo Cayres (com bandeira da CUT) e dirigentes da CNM acompanharam as moçambicanas no evento

No evento, as trabalhadoras moçambicanas – Margarida Caza, Sandra Monjani, Inocência Tembe, Ana Vanessa de Figueiredo e Carla Guambe – compuseram a comissão de frente da passeata, que percorreu a avenida Paulista e a rua da Consolação. Elas estavam acompanhadas pelo presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, e pelas dirigentes da entidade Marli Melo (secretária da Mulher), Christiane Aparecida dos Santos (secretária da Igualdade Racial) e Michele Ciciliato (secretária de Formação).

O intercâmbio
O Projeto de Cooperação foi concebido para formar um grupo de liderança de mulheres metalúrgicas moçambicanas, reforçar a cooperação e articulação das mulheres entre os comitês regionais e internacionais daquele país africano, além de estreitar os laços de solidariedade entre as entidades envolvidas.

Entre 2012 e 2013, foram realizados cinco encontros em Moçambique, com dirigentes da CNM/CUT coordenando a troca de experiências entre metalúrgicas desses dois países. Os temas abordados foram: as mulheres e o movimento sindical; a participação política das mulheres; gênero e direitos humanos e negociação coletiva.

(Fonte: assessoria de imprensa da CNM/CUT)