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Contra intransigência patronal, metalúrgicos de MG vão intensificar protestos e greves

Negociações da Campanha Salarial chegaram a um impasse, porque empresários insistem apenas na reposição da inflação nos salários e querem implantar banco de horas.

Publicado: 31 Outubro, 2013 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Protesto durou uma hora e provocou atraso na produçãoProtesto durou uma hora e provocou atraso na produção
Protesto durou uma hora e provocou atraso na produção de várias empresas

Os metalúrgicos de Minas Gerais vão intensificar a sua mobilização e deflagrar processo de greves em protesto contra a intransigência patronal na Campanha Salarial 2013. Ontem (30), mesmo com os protestos que vem sendo feitos nas fábricas, as negociações chegaram a um impasse e a bancada dos trabalhadores se retirou da reunião com a Federação das Indústrias do Estado (FIEMG). A data-base da categoria é 1º de outubro.

O presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, José Wagner, informou que desde a primeira negociação, em 3 de setembro, a proposta patronal é a mesma: reposição da inflação (5,9%) sem aumento real e banco de horas. “Os metalúrgicos de Minas, por tradição, não aceitam banco de horas e os empresários sabem disso. E nesta Campanha Salarial não está sendo diferente. Nas assembleias unificadas, os trabalhadores rejeitaram a proposta e insistem que querem aumento real de salários (como outras categorias, inclusive metalúrgicos, obtiveram). E reafirmaram que não aceitam o banco de horas”, afirmou José Wagner.

Em Minas Gerais, a Campanha Salarial é feita em conjunto pelos metalúrgicos representados por todas as centrais sindicais. No total, estão em Campanha quase 250 mil trabalhadores, dos quais 150 mil são representados pela CUT.

José Wagner informou ainda que a FIEMG tenta chantagear os trabalhadores dizendo que negocia aumento real em troca do banco de horas. “Isto está fora de cogitação para os trabalhadores”, ressaltou o cutista.

Ontem pela manhã, metalúrgicos da base de Belo Horizonte/Contagem (CUT) e Betim (CTB) realizaram protesto conjunto na região industrial da Grande BH. Eles bloquearam avenidas em frente à portaria da Belgo Bekaert e na rodovia MG050. O bloqueio durou cerca de uma hora e provocou um congestionamento no trânsito de mais de cinco quilômetros, segundo informações divulgadas pela grande imprensa.

Com isso os ônibus fretados que transportavam trabalhadores da Fiat Automóveis, Belgo Bekaert, Teksid e outras fábricas metalúrgicas da região não puderam passar, ocasionando atraso na produção dessas empresas.

O presidente da FEM-CUT/MG revelou que ações como esta terão continuidade e ganharão mais força nos próximos dias. “Além disso, vamos também nos preparar para pedir dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho. Mas nossa principal arma será deflagrar greves e dar continuidade aos protestos”, destacou Wagner.

(Fonte: Solange do Espírito Santo – assessoria de imprensa da CNM/CUT)