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Contra retirada de direitos, metalúrgicos farão protesto nacional dia 14

Data faz parte de calendário de lutas articulado pelas entidades da CUT e outras cinco centrais sindicais. Ideia é ampliar movimento para todos os trabalhadores do ramo industrial.

Publicado: 23 Agosto, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Edu Guimarães/SMABC
Calendário foi definido em encontro que reuniu representantesCalendário foi definido em encontro que reuniu representantes
Calendário foi definido em encontro que reuniu metalúrgicos da CUT e de outras cinco centrais

Os metalúrgicos de todo o Brasil vão fazer, em 14 de setembro, um Dia Nacional de Luta, Protestos e Greves contra a retirada de direitos imposta pela reforma trabalhista, contra a reforma da Previdência e a lei da terceirização irrestrita.

A data foi divulgada nesta terça-feira (22), em coletiva à imprensa, pelas entidades nacionais da categoria ligadas a seis centrais sindicais e faz parte de um calendário de mobilização para resistir aos ataques desferidos pelo governo golpista contra a classe trabalhadora e o país.
 

Crédito: Edu Guimarães/SMABC
Loricardo de OliveiraLoricardo de Oliveira
Loricardo de Oliveira

Antes da coletiva, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SP), os representantes das entidades definiram a estratégia da mobilização, que também tem o objetivo de fortalecer as campanhas salariais dos metalúrgicos neste segundo semestre.

“Os protestos do dia 14 de setembro serão a primeira ação unitária desta articulação conjunta. No dia 29 de setembro realizaremos uma plenária nacional para definir os próximos passos da mobilização”, explicou Loricardo de Oliveira, secretário geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT).

Na semana que vem a proposta é que haja um “esquenta” do movimento, com protestos nas fábricas. “Queremos envolver também as categorias de todos os ramos da indústria neste movimento”, assinalou Loricardo.

Segundo ele, será necessária uma grande resistência para garantir, nas campanhas salariais, a manutenção e a renovação das convenções coletivas de trabalho sem os efeitos da reforma trabalhista e da lei da terceirização.

A ideia é inviabilizar, na prática, a lei que alterou mais de uma centena de dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e não permitir redução de direitos nas negociações das campanhas salariais, como as que já foram iniciadas em São Paulo e no Paraná, entre outras regiões. 
 

Crédito: Edu Guimarães/SMABC
Carpinha, da FEM-CUT/SPCarpinha, da FEM-CUT/SP
Carpinha, da FEM-CUT/SP

“É de extrema importância que essas ações contra as reformas sejam unificadas e estejam presentes na agenda de negociação da Campanha Salarial. Além disso, queremos aprovar cláusulas de salvaguarda, que garantirão o compromisso entre as partes para debater a reforma trabalhista com o tempo e atenção que essa pauta merece", destacou Adilson Faustino (Carpinha), secretário geral da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT/SP (FEM-CUT/P).

A entidade está conduzindo a campanha salarial da categoria, que tem data-base em 1º de setembro. "Esta é a oportunidade de demonstrar que não aceitamos a retirada de direitos”, avaliou Carpinha.

A mobilização contra a redução de direitos também será debatida no Congresso Nacional Extraordinário da CUT, que acontece entre os próximos dias 28 e 31, conforme anunciou o secretário geral da central, Sérgio Nobre.

“Foi com muita luta que os trabalhadores conquistaram seus direitos. E será com muita luta que não deixaremos que eles sejam retirados. Não há outra alternativa senão resistirmos às reformas articuladas entre este governo golpista e as entidades dos empresários”, finalizou Loricardo.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)