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Cresce solidariedade a metalúrgicos demitidos na Mercedes-Benz

Acampamento de trabalhadores completa 18 dias em frente à fábrica no ABC. Nesta quinta (25), lideranças do Macrossetor da Indústria da CUT levaram seu apoio ao movimento.

Publicado: 25 Junho, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Dino Santos
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Acampamento dos demitidos na Mercedes recebeu solidariedade internacional 

No 18º dia de acampamento em frente à fábrica em São Bernardo do Campo (SP), os metalúrgicos demitidos na Mercedes-Benz receberam nesta quinta-feira (25) a solidariedade das lideranças do Macrossetor da Indústria da CUT (MSI).

Em ato pela manhã, os presidentes das Confederações Nacionais cutistas dos trabalhadores na indústria, Paulo Cayres (Metalúrgicos), Cida Trajano (Vestuário), Lu Varjão (Químicos) e Cláudio Gomes (Construção Civil) externaram seu apoio ao movimento e reiteraram a disposição do MSI em pressionar o governo para a adoção de medidas de proteção ao emprego e estímulo para o desenvolvimento industrial no país, como o programa de renovação da frota de caminhões. O presidente da Confederação dos Trabalhadores na Alimentação, Siderlei Oliveira, não pôde comparecer mas enviou seu apoio à luta dos metalúrgicos.

O acampamento foi uma das ações encontradas pelos trabalhadores para sensibilizar a montadora a reverter as demissões. Eles se revezam em três turnos nas 10 barracas montadas em frente à fábrica e têm recebido a solidariedade de diversas entidades sindicais e de movimentos sociais, do Brasil e do exterior, além do apoio de autoridades municipais, estaduais e federais.

Crédito: Dino Santos
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Representantes do Macrossetor da Indústria (MSI) também estiveram presentes no acampamento 


Diariamente, os acampados também recebem alimentos doados solidariamente pelos companheiros que trabalham na própria montadora e em outras fábricas da região.

No ato desta quinta-feira, a solidariedade internacional também foi marcada por meio de uma faixa da IndustriALL Global Union, a federação internacional dos trabalhadores na indústria, entidade que representa mais de 50 milhões de operários em todo o mundo.

Demissões
Em maio, a montadora oficializou, por meio de telegramas, a demissão de 500 companheiros que estão em layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho) há um ano e deveriam retornar no último dia 15. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tem tentado, desde então, a suspensão das demissões, mas até o momento as negociações não avançaram.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)

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