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Criada Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Naval

Publicado: 05 Abril, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Reprodução/Facebook
Edson Rocha (dir.) participou do lançamento da FrenteEdson Rocha (dir.) participou do lançamento da Frente
Edson Rocha (dir.) participou do lançamento da Frente

Foi lançada no final da tarde de ontem (4), na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Naval Brasileira.

Iniciativa do deputado federal Henrique Fontana (PT/RS), o ato de lançamento contou com a presença de parlamentares do PT, PCdoB, PSB e PMDB, com dirigentes sindicais do ramo metalúrgico, com representantes do Sindicato da Indústria Naval (Sinaval) e de universidades, vereadores e prefeitos de cidades afetadas pelo desmonte de estaleiros e da política de conteúdo local do governo golpista de Michel Temer.

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) foi representada por seu secretário de Administração e Finanças, Edson Rocha, que também coordena o setor naval na entidade e é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói.

A Frente criada tem o objetivo de acompanhar as demandas do setor, exigir do governo medidas que recuperem os polos navais e lutar pela manutenção e proteção dos empregos, investimentos e a política de conteúdo local.

Segundo Edson Rocha, os parlamentares ficaram chocados com o grau de desmonte do segmento. “Eles se chocaram quando apresentamos números como o desemprego no setor e com o estrago que isso tem causado não apenas na vida dos trabalhadores, mas também nas economias locais”, relatou o dirigente metalúrgico.

Em sua intervenção, Rocha revelou aos participantes que, desde o golpe e o aniquilamento da política de conteúdo nacional, os estaleiros estão praticamente vazios e sem perspectivas de retomar a construção de plataformas para a Petrobras. “Como consequência, em dois anos, mais de 30 mil metalúrgicos perderam seu emprego”, destacou.

Ainda segundo o sindicalista, os deputados da Frente Parlamentar foram unânimes ao condenar a postura do governo e da Petrobras de abandonar a exigência do conteúdo local e impedir que empresas brasileiras participem de licitações da estatal. Disseram que cobrarão de Temer e da Petrobras o compromisso com o desenvolvimento industrial brasileiro na cadeia produtiva do petróleo e gás.

A Frente Parlamentar fará também no mínimo cinco audiências públicas em regiões onde há indústria naval para ampliar o debate sobre a crise no segmento, envolvendo a sociedade local. “Aproveitamos a ocasião para convidar os parlamentares também para o grande ato em defesa do segmento que acontece no dia 29, em Rio Grande, no rio Grande do Sul”, contou.

Além de Edson, os metalúrgicos da CUT foram representados pelo presidente do Sindicato da categoria em Rio Grande, Benito Gonçalves. O secretário de Relações Internacionais da Federação Única dos Petroleiros, João Antonio Moraes, também esteve presente, assim como o prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmayer (PT), o reitor da Universidade Federal daquela cidade e vereadores de municípios que sediam estaleiros.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)