MENU

Criada rede de comunicação do Macrossetor da Indústria da CUT

Em encontro nacional, as cinco confederações cutistas decidiram apostar na comunicação para consolidar unidade dos projetos dos trabalhadores do ramo industrial.

Publicado: 30 Janeiro, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Roberto Parizotti
--
A partir da esq., Cláudio, Cida, Paulão, Lu e Morelli: os dirigentes do MSI falam no encontro

O Macrossetor da Indústria da CUT (MSI) deu início ao processo de criação de sua rede de comunicação. Em encontro nacional realizado na quarta-feira (29), em São Paulo, a coordenação do MSI anunciou que a rede funcionará a partir da troca de informações entre as estruturas de comunicação das cinco confederações do ramo industrial e contará com uma profissional responsável por garantir a articulação desse mecanismo e para o apoio direto à coordenação em suas ações.

O Encontro Nacional de Comunicação do MSI, que reuniu dirigentes e profissionais de imprensa ligados às confederações da CUT de metalúrgicos (CNM), químicos (CNQ), trabalhadores em alimentação (Contac), vestuário (CNTV) e construção (Conticom) e convidados de outros ramos cutistas (estes, no período da manhã), aconteceu no Centro de Formação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais.

Pela manhã, os participantes puderam discutir os desafios da comunicação em 2014, a partir do painel que reuniu a secretária de Comunicação da CUT Nacional, Rosane Bertotti, e o jornalista Lino Bocchini, editor de mídias on-line da revista CartaCapital.

Comunicação articulada
Antes disso, na abertura do evento, a secretária geral adjunta da CUT Nacional, Maria Godói de Faria, e os presidentes da CNM, Paulo Cayres, da Conticom, Cláudio Gomes, da CNQ, Lu Varjão, e da CNTV, Cida Trajano, e o secretário de Política Sindical da Contac, Nelson Morelli, destacaram a importância da organização dos trabalhadores do ramo industrial no Macrossetor e da necessidade de articulação também no campo da comunicação para que as ações ganhem mais visibilidade.

“Os trabalhadores do ramo industrial têm de unificar suas propostas para se contrapor à CNI (Confederação Nacional da Indústria). Vamos unificar cada vez mais nossas ações e colocar nosso time em campo. E a comunicação é parte fundamental desse processo, para ampliar, inclusive, a solidariedade de classe”, assinalou Paulo Cayres.

Lu Varjão ressaltou que, ao decidir pela construção da rede de comunicação, o MSI dá um passo importante para a visibilidade de suas ações e para o uso eficiente dos diferentes meios de divulgação. 

Cida Trajano, por sua vez, avaliou que a unificação das lutas dos trabalhadores é o caminho para garantir avanços e que a comunicação das entidades também deve seguir nessa direção. Ela lembrou também da importância da luta pela democratização dos meios de comunicação no país.

Nelson Morelli afirmou que a solidariedade de classe é a principal ferramenta para os trabalhadores e que, nesse sentido, o Macrossetor é o canal para que isso se expresse da melhor maneira, por meio de ações articuladas, inclusive na comunicação.

Já o presidente da Conticom alertou para a necessidade das entidades se apropriarem das novas ferramentas de comunicação para aprimorarem sua ligação com as bases e que a sua integração no MSI acontecerá de fato com uma comunicação eficiente.

Crédito: Roberto Parizotti
--
Na primeira fila, à esquerda: Rosane Bertotti e Lino Bocchini

Uso da internet
Em sua exposição, Rosane Bertotti destacou o papel da internet na comunicação, ao lembrar o número crescente de brasileiros que se conectam à rede mundial. Ela assinalou também que a comunicação nas redes sociais é horizontal e, por isso, sem a hierarquia existente nos meios tradicionais e que as entidades sindicais e os sindicalistas devem se apropriar dessas redes. Rosane alertou, porém, sobre o cuidado que deve se ter com o que se compartilha. “Mesmo que seja em suas páginas pessoais, os dirigentes são figuras públicas e ligadas às suas entidades. Ou seja, o que eles dizem acaba sendo a palavra da entidade também”, disse.

Ao avaliar o cenário para 2014, o jornalista Lino Bocchini destacou que a oposição vai continuar pautando (e batendo em) dois temas para forçar que haja segundo turno nas eleições: a economia e a Copa do Mundo. Para ele, as forças progressistas devem se unir e usar todo o seu potencial para defender o seu projeto.

“Uma das principais bandeiras deve ser dar suporte à TVT (TV dos Trabalhadores) e às mídias progressistas do meio sindical. A CUT e suas entidades devem buscar dentro do DNA do sindicalismo o diferencial para falar com os jovens, principalmente. Mas precisamos lembrar que a comunicação deve ser prioridade de fato e não apenas retórica. Por isso, momentos como este encontro devem servir de estímulo para avançar cada vez mais”, afirmou o editor da CartaCapital.

Comunicação em rede
No período da tarde, o Encontro reuniu dirigentes e profissionais das entidades ligadas ao Macrossetor da Indústria, que debateram ações efetivas para a construção da rede de comunicação.

Além de discutir mecanismos de troca de informações e notícias entre as entidades – por meio da plataforma Conexão Sindical, disponibilizada pelo Instituto Observatório Social –, os participantes decidiram mapear as estruturas de comunicação de todas as entidades ligadas às cinco confederações do MSI para que a rede também envolva os sindicatos de base e as federações estaduais. 

Os participantes decidiram também propor que nos encontros estaduais do MSI o tema comunicação seja pautado para que esta rede se estruture com apoio das direções das entidades das mais diferentes regiões.

No encontro, a coordenação do MSI anunciou que a jornalista Solange do Espírito Santo, assessora de imprensa da CNM/CUT, será a profissional responsável por articular esse trabalho da formação da rede de comunicação.

(Fonte: CNM/CUT)