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Crise global deixa Boeing cautelosa

Publicado: 15 Junho, 2009 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Para a Boeing Co., o Salão da Aeronáutica e do Espaço de Paris oferece a oportunidade de gerar animação com o mais que esperado e atrasado primeiro voo do sofisticado jato comercial 787 Dreamliner, que pode acontecer na semana que vem.

Mas, por trás da euforia, a Boeing está enfrentando o mais profundo desafio da estratégia adotada nos anos 90 para compensar os ciclos de venda de jatos com receita militar mais estável. A lógica que sustentou essa decisão está sendo testada agora que os gastos com equipamentos militares estão sob pressão mundialmente, ao mesmo tempo em que os pedidos de jatos comerciais estão em queda.

A Boeing ainda está forte se comparada com empresas de setores como o automobilístico e o financeiro, porque tem anos de pedidos para atender e lucros robustos. Mas agora cabe ao presidente Jim McNerney liderar a empresa num período em que os negócios principais estão sofrendo. A última vez em que ambos caíram simultaneamente foi no começo dos anos 90, antes da McNerney e antes de a Boeing desempenhar o papel de um importante fornecedor de equipamentos de defesa.

Jim Albaugh, diretor-executivo da unidade de defesa da Boeing, disse ontem em Paris que a empresa estudou detalhadamente a forma como empresas enfrentaram com sucesso a recessão mais recente e planeja continuar a investir e fazer aquisições, como tem feito nos últimos anos. "Jim McNerney não está me pedindo para encolher a unidade e ficar na moita", disse Albaugh.

Os executivos da Boeing não preveem uma retomada no movimento da aviação comercial civil no mínimo até o meio do próximo ano. "Continuamos cautelosamente otimistas que superaremos a situação", disse Scott Carson, diretor executivo da divisão de aviões comerciais da Boeing, por um porta-voz.

Fonte: The Wall Street Journal