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Termina primeira etapa do curso internacional de formação de formadores

Publicado: 10 Março, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
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Acabou nesta sexta-feira (10), a primeira etapa do Curso Internacional de Formação de Formadores para brasileiros e alemães. Dividido em três etapas, o curso foi realizado ao longo de cinco dias e debateu princípios de formação da CUT, análise de conjuntura e a importância da transversalidade de temas como gênero, raça, LGBT e pessoas com deficiência. A atividade aconteceu na sede da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), em São Bernardo do Campo (SP).

O curso faz parte do projeto "Ação Frente às Multinacionais na América Latina”, que fortalece a política de redes sindicais para combater o trabalho precário, e tem o apoio do Instituto Observatório Social (IOS), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do centro de formação DGB Bildungswerk (DGB BW), ligado à central sindical alemã DGB, do IG Metall (Sindicato Metalúrgico Alemão), do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e do ABC e da CNM/CUT. Participam da atividade dirigentes e assessores de formação dos sindicatos.

De acordo com Hélio da Costa, pesquisador do IOS, o curso fortalece e sistematiza os programas de formação dos sindicatos envolvidos. “Somos multiplicadores de informação e a ideia é que seja levado para a base de cada sindicato, além de fortalecer os trabalhos de formação que cada entidade já realiza”, explicou.

“É importante lembrar que formação também é uma ação sindical. Os sindicatos participantes já tem em seus programas permanentes a formação de formadores. Não estamos iniciando do zero. A ideia da Secretaria de Formação da CNM/CUT é que os sindicatos de todo o Brasil incorporem em seus programas a formação de formadores”, completou Maria de Lourdes Tiemi, coordenadora da assessoria da CNM/CUT.

Para o formador do IG Metall, Jeans Beckmann, a cooperação internacional é muito importante para o crescimento do sindicalismo nos dois países. “Nós temos muito a aprender com os brasileiros. Vocês, brasileiros, aprofundam os laços interpessoais e, ao mesmo tempo, trocam experiências únicas. Essa troca nos permite aprender mais. Na Alemanha, já temos o modelo pronto e esquecemos da vivência pessoal dos participantes”, contou. 

Beckmann também destacou a participação no ato do 8 de Março na Praça da Sé, em São Paulo. "Faz mais de 10 anos que não vemos um movimento feminista como este na Alemanha. Foi emocionante participar de um protesto contra a violência e reformas trabalhistas no Brasil", finalizou.

Crédito: Divulgação
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Jeans Beckmann durante ato do 8 de Março em São Paulo  

Para a dirigente sindical Priscila dos Passos Silva, de Sorocaba, o curso contribui para levar debates importantes para os trabalhadores do chão de fábrica. “Saímos com novas informações e aprofundamos questões importantes para a classe trabalhadora. Isso nos ajuda a dialogar melhor com os companheiros (as)”, afirmou.

“No curso também foi possível fazer uma análise de conjuntura muito mais ampla e, assim levar aos trabalhadores debates como o golpe que sofremos recentemente, a questão do preconceito de gênero e raça, por exemplo”, completou Caros Alberto Queiroz Rita, o Somália, do ABC.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)