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CUT e central sindical da China podem firmar parceria para programas de formação

Publicado: 12 Dezembro, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Dirigentes da CUT conversam sobre convênio com Dirigentes da CUT conversam sobre convênio com
Dirigentes da CUT conversam sobre convênio com Xu Lu, sindicalista da ACFTU

A CUT e a central sindical chinesa ACFTU (All-China Federation of Trade Unions) poderão firmar convênios para programas de formação sindical e profissional. A proposta começou a ser discutida entre dirigentes das duas centrais, durante programa de intercâmbio que está acontecendo naquele país asiático.

A delegação cutista se reuniu com Xu Lu, dirigente da ACFTU responsável pelo tema, para conversar sobre o assunto. De acordo com Paulo Cayres, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), o convênio pode ser firmado no próximo ano, quando sindicalistas chineses virão ao Brasil como convidados para o Congresso Nacional da CUT, em outubro.

Crédito: Divulgação
Paulo CayresPaulo Cayres
Cayres integra delegação da CUT

“No âmbito específico dos metalúrgicos, também há esta perspectiva. Convidamos os sindicalistas do ramo industrial para o 9º Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT, que acontece em abril, e vamos aprofundar o diálogo a respeito”, destacou Cayres, que integra a delegação cutista, ao lado da secretária geral adjunta da CUT, Maria Aparecida Faria, da secretária de Comunicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Vestuário (CNTV), Márcia Gonçalves Viana, e dos presidentes das CUTs do Rio Grande do Sul, Claudir Nespolo, e do Rio Grande do Norte, José Rodrigues Sobrinho.

O programa de intercâmbio na China – do qual participam dirigentes de outras cinco centrais sindicais brasileiras – teve início na quarta-feira (10), com um seminário de dois dias, em Pequim, que abordou as conjunturas econômicas e políticas dos dois países, as relações entre sindicatos e governo, as relações de trabalho, entre outros temas. “Os sindicalistas chineses elogiaram as políticas de combate à fome e à pobreza do Brasil narradas por nós e disseram que é um modelo que deveria ser seguido”, afirmou o presidente da CNM/CUT.

No que se refere aos direitos trabalhistas, Cayres contou que as negociações coletivas naquele país são tripartites (sindicatos, governo e empresas) e que os contratos coletivos de trabalho asseguram o direito de sindicalização e de organização no local de trabalho. “Quase 90% das multinacionais instaladas na China se enquadram nos contratos coletivos. A exceção são as empresas japonesas e coreanas, que, a exemplo da prática em outros países, também na China acabam ignorando os direitos sindicais”, assinalou. Cayres informou que o ramo industrial chinês emprega 55 milhões de trabalhadores.

O programa de intercâmbio seguirá até quarta-feira (17), com uma série de visitas e encontros com sindicalistas e autoridades. Nesta sexta-feira (12), a delegação brasileira esteve no Ministério dos Recursos Humanos e da Previdência Social, para conhecer como funciona a estrutura de proteção social no país. No final de semana, os brasileiros irão a Nanjing (capital da província de Jiangsu), para visita ao sindicato provincial dos trabalhadores na indústria e a uma fábrica, além de encontros no palácio da cultura dos trabalhadores.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)

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