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CUT e movimentos sociais fazem dia de mobilização nacional pela reforma política

Objetivo é divulgar a campanha pelo Plebiscito Popular da Reforma Política convocado para a primeira semana de setembro, que tem à frente 86 entidades dos movimentos social e sindical.

Publicado: 06 Maio, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

                            Crédito: Divulgação
CUT realiza o dia de mobilização nacional para reforma políticaCUT realiza o dia de mobilização nacional para reforma política
 

Nesta quarta-feira (7) a Central Única dos Trabalhadores realizará, junto com entidades da sociedade civil, o dia de mobilização nacional em defesa do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. Com o tema “Com esse Congresso não dá! Queremos Constituinte Já!”, o objetivo do plebiscito é debater com a sociedade a participação popular e repensar o modelo político do país. A consulta será realizada na semana da Pátria, entre os dias 1º e 7 de setembro.

Com o intuito de divulgar e esclarecer a importância do plebiscito, a CUT e os movimentos sociais vão realizar amanhã atos em todos os estados brasileiros, com foco nas capitais, envolvendo todas as entidades envolvidas na campanha e mobilizando todas as regiões que possuem comitês populares.

O plebiscito irá perguntar aos brasileiros se deve ser formada ou não uma Constituinte composta por cidadãos eleitos exclusivamente para reformular o sistema político. A consulta será feita por comitês regionais, formados por movimentos sociais e sindicatos. Para votar será exigido apenas o título de eleitor.

O tema do plebiscito apresenta questões relacionadas ao financiamento público de campanhas, a sub-representação das mulheres, indígenas e negros no parlamento e a importância do fortalecimento de mecanismos de democracia, como a participação em conselhos e a construção de referendos e plebiscitos, que permitam ao povo participar das decisões políticas de forma efetiva.

A representação no parlamento é uma das principais bandeiras da CUT. Dados do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) mostram que dos 594 parlamentares eleitos, apenas 91 são da bancada sindical, o que significa que são poucos os que falam pelos direitos dos trabalhadores no país.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Paulo Cayres, a representatividade deve ser maior para que a pauta da classe trabalhadora seja atendida. "O plebiscito estimula o debate para discutir um projeto de transformação da sociedade. A maioria dos representantes do Congresso são elitistas, capitalistas e patriarcais, que são contra o que lutamos. Isso precisa ser modificado para que trabalhadores tenham suas necessidades atendidas e para que o Congresso Nacional seja realmente a 'Casa do Povo", com a cara do povo, e não das elites dominantes” disse. “Esperamos que 14 milhões de trabalhadores votem no plebiscito", completou com otimismo. 

Outra bandeira levantada pela Central é que o financiamento das campanhas eleitorais seja exclusivamente público (hoje ele é público e privado). De acordo com o DIAP, em 2012, as empresas doaram 95% dos recursos totais das campanhas. “Em função desse sistema de financiamento, o empresariado acaba fazendo prevalecer a sua agenda no  Congresso Nacional. A maioria dos candidatos eleitos são financiados com recursos de empresários, que escolhem àqueles que melhor representam seus interesses. O Congresso não pode ser refém do capital”, obeservou Paulo Cayres.

O presidente da Confederação ponderou, no entanto, que a reivindicação deve ser pela convocação de uma Constituinte exclusiva para discutir e aprovar a reforma política. "Ou seja, esta seria a única pauta, para não corrermos o perigo de serem votados outros temas 'de contrabando'", enfatizou.

A iniciativa do plebiscito popular conta com o apoio de 86 movimentos sociais de todo o país, que estão definindo um cronograma de mobilizações e debates em todo o Brasil até a coleta de votos. As organizações também já produziram uma cartilha sobre o tema e os objetivos do plebiscito.

Para saber mais sobre as ações que serão feitas em cada estado, acesse informações nos Comitês Estaduais do Plebiscito Constituinte através do www.plebiscitoconstituinte.org.br ou pela página do Facebook www.facebook.com/plebiscitoconstituinte

(Fonte: Shayane Servilha - assessoria de imprensa da CNM/CUT)
 

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