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CUT/Vox Populi: 80% são contra as reformas; 90% acham que não conseguirão sustentar suas famílias

Publicado: 08 Junho, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

As propostas de reformas Trabalhista e Previdenciária do governo de Michel Temer (PMDB) deixam os brasileiros inseguros quanto ao presente e ao futuro – entre o trabalho precário e o fim da aposentadoria – mostra o recorte da pesquisa CUT/Vox Populi, realizada entre os dias 2 e 4 de junho, que apontou enorme rejeição tanto ao desempenho de Temer (75%) quanto às reformas.

Para 89% dos brasileiros, se o Senado aprovar o contrato intermitente de trabalho, um dos itens da reforma Trabalhista que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, será impossível sustentar suas famílias. Outros 90% afirmam que não teriam coragem de fazer um crediário ou financiamento para comprar uma casa, um carro ou um eletrodoméstico se o contrato de trabalho for temporário.

Para 73%, numa época de crise econômica e desemprego – mais de 14,5 milhões de desempregados, 2,6 milhões apenas na gestão Temer –, é impossível negociar jornada com patrão sem a participação dos sindicatos – outro item da proposta aprovada pelos deputados. Outros 68% acham que a proposta favorece mais os patrões do que os empregados.

Quando se fala da reforma da Previdência de Temer, as respostas vão na mesma linha. Se o Congresso Nacional aprovar a proposta, 69% dos entrevistados avaliam que não conseguirão se aposentar.

A CUT quis saber a opinião dos trabalhadores sobre o desmonte da aposentadoria e da CLT para definir estratégias de luta e mobilização para proteger os direitos conquistados. E o Vox Populi foi às ruas de 118 cidades, em áreas urbanas e rurais, de todos os Estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior, onde ouviu 2001 pessoas. O resultado você vê abaixo:

Fim da aposentadoria
A reforma de Temer acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e aumenta a idade mínima para se aposentar – 65 anos para homens, 62 anos para mulheres -, e aumenta também o tempo mínimo de contribuição para o INSS de 15 anos para 25 anos.

Quem conseguir se aposentar, receberá um valor de aposentadoria menor do que aqueles que estão se aposentando pelas regras atuais. Para conseguir receber o teto máximo de benefício – cerca de R$ 5.500 reais -, a pessoa terá que trabalhar durante 40 anos, contribuir para o INSS com o valor máximo desde o primeiro emprego e nunca ficar desempregado.

Informados sobre os detalhes, 92% dos entrevistados se posicionaram contra a reforma da Previdência.

Perguntados se conseguiriam trabalhar durante 40 anos sem ficar nem um período desempregado, 91% responderam que não, 4% que sim e 6% não souberam ou não quiseram responder.

No geral, 69% responderam que não vão conseguir se aposentar. No corte por escolaridade, 73% dos que têm ensino fundamental perderam a esperança de se aposentar. Mesmo entre os que têm ensino superior o percentual dos que acham que não vão se aposentar é alto, 64%.

(Fonte: CUT Nacional)