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CUTs Minas Gerais e Espírito Santo renovam direções em congressos estaduais

Publicado: 31 Agosto, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Lidyane Ponciano
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Abertura do Congresso da CUT Minas Gerais teve a presença do ex-presidente Lula 

Neste final de semana, as CUTs estaduais do Espírito Santo e de Minas Gerais realizaram seus congressos e elegeram suas novas direções. A abertura do congresso mineiro contou com as presenças do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Paulo Cayres, entre outras lideranças políticas e sindicais. Já no Espírito Santo, foi celebrado os 30 anos da CUT no estado e os 32 anos da Central no país e suas principais conquistas ao longo da história.

A CNM/CUT, a exemplo de como aconteceu no Congresso da CUT de São Paulo, também lançou nos dois CECUTs o livro “As Faces da Indústria Metalúrgica no Brasil: uma contribuição à luta sindical” (leia mais ao final da matéria). 

Em Minas Gerais, à frente de uma chapa com renovação superior a 50% e com paridade de gênero, Beatriz Cerqueira foi reeleita na noite de sábado (29) presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), para a gestão 2015/2019.

Durante a abertura do CECUT Minas Gerais, na última sexta-feira (28), o ex-presidente Lula criticou o protesto elitizado dos que não aceitam o resultado das eleições. “É um direito legítimo vocês não concordarem com o nosso governo, mas se vocês quiserem governar vão ter que esperar e disputar em 2018”, avisou à oposição.

O ex-presidente também destacou que o Brasil tem um potencial para vencer a crise e conclamou a CUT ajudar a presidente Dilma Rousseff a governar o país, de forma que os trabalhadores não vejam seus direitos serem perdidos (no sábado, Lula também falou da importância da participação da classe trabalhadora na vida da nação, em seminário com o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica sobre a participação cidadã, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista - leia aqui).

Já o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, afirmou que a atual crise política foi causada por uma minoria que não aceita os resultados das urnas, o que abre portas para a crise econômica. “Conclamo a essas pessoas que entendam que não vai ter golpe e que o terceiro turno precisa acabar. Manifestações como essa que vimos aqui na porta não ajudam em nada e mostram apenas intolerância e preconceito contra a classe trabalhadora”, disse Freitas.

Em sua intervenção, Beatriz Cerqueira, reafirmou o compromisso da Central de continuar lutando pelos trabalhadores e contra o neoliberalismo. A dirigente também destacou a luta pela Petrobras, pela democracia e lembrou que a CUT não concorda com a política de ajuste fiscal governo federal. “O ajuste fiscal precisa ir para aqueles que têm dinheiro para pagar essa conta”, disse.

Espírito Santo
No Espírito Santo, o agricultor Jasseir Alves foi eleito novo presidente da entidade.  O 13º Congresso Estadual da CUT começou com uma mesa de conjuntura política e os desafios do movimento sindical, com análise do economista Márcio Pochmann. Durante do Congresso, também foram prestadas várias homenagens em comemoração aos 32 da CUT nacional e aos 30 anos da CUT no Espírito Santo.

Crédito: Giantoni Pereira Cezarino
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No Espírito Santo, o economista Marcio Pochmman fez a análise de conjuntura política

Faces da indústria metalúrgica

 
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Na tarde da última sexta-feira (28), foi lançado em Minas Gerais o livro “As Faces da Indústria Metalúrgica no Brasil: uma contribuição à luta sindical”. A mesa de abertura foi coordenada pelo vice-presidente da CUT-MG, Carlos Magno de Freitas e pelos presidente e vice-presidenta da Federação dos Metalúrgicos da CUT de Minas Gerais (FEM-CUT/MG), José Wagner Moraes de Oliveira, Alexandra Fernandes Amaral. A obra foi editada pela CNM/CUT em parceria com o Departamento de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Os técnicos do Dieese Marcelo Figueiredo Santos e André Cardoso fizeram a apresentação do livro.

“Esperamos que, com o livro, possamos contribuir com os debates deste Congresso e que os estudos do Dieese ajudem a classe trabalhadora a enfrentar a atual conjuntura. Podemos, com ele, ter a noção do que faltou neste histórico de uma década de lutas dos metalúrgicos contra os patrões “, afirmou José Wagner.

André Cardoso fez uma breve análise de conjuntura e falou dos desafios da indústria para os próximos anos. “Tivemos três grandes políticas industriais, que aumentaram o mercado interno e o consumo.  Em 2011, o Plano Brasil Maior alavancou o setor naval, que de 11 mil empregos passou para 70 mil, por causa dos investimentos da Petrobras. Temos desafios e grandes problemas a resolver no setor industrial. A indústria não conseguiu fazer mudanças estruturais. Ainda é muito atrasada, dependente do capital estrangeiro. É necessário um projeto de nação e um projeto popular para a indústria. Com o livro, podemos iniciar a discussão com trabalhadores de todos os segmentos”, disse o técnico.

André também esteve presente no lançamento do livro no CECUT do Espírito Santo, ao lado do secretário de Políticas Sociais da CNM/CUT, Roberto Pereira.

O livro está disponível para download no site da Confederação (clique aqui para baixar o arquivo em PDF).

(Fonte: CUTs de Minas Gerais e Espírito Santo, com assessoria de imprensa da CNM/CUT)
 

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