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Delator diz ao TSE que doação a pedido de Dilma nunca existiu

Publicado: 31 Março, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

O Tribunal Superior Eleitoral colheu algumas delações contraditórias contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), na ação que pode resultar na inelegbilidade da petista e na perda do mandato presidencial de Michel Temer.

Segundo informações de Época, o ex-executivo da Odebrecht Fernando Migliaccio da Silva disse à Justiça Eleitoral "ter ouvido" de Alexandrino Alencar, ex-diretor da empreiteira, que Dilma pediu à construtora doação em 2014 para o PSD do ministro da Ciência e Tecnologia e presidente da legenda, Gilberto Kassab.

"Migliaccio afirma que havia uma planilha com valores e nomes de 'contribuições' da empresa e que, no documento, Kassab aparecia identificado como 'Esfirra' ou 'Tabule'. Migliaccio disse: 'Perguntei para o Alexandrino e ele falou que era o Kassab. Aí eu perguntei: mas o Kassab? E ele [Alexandrino] falou: 'É, porque a Dilma pediu'."

Só no final da matéria, a construção do suposto crime de Dilma é desmentida por outro delator, Marcelo Odebrecht, que afirmou que quem teria "operacionalizado" essa doação ao PSD, e com outro empresa, foi o ex-ministro Guido Mantega.

Nas alegações finais ao TSE, a defesa da ex-presidente apontou que a Justiça Eleitoral deu muito mais espaço às testemunhas de acusação e, assim, impediu que Dilma levasse à Corte uma defesa mais ampla. A defesa apontou ainda que contra Dilma existe quase 19 horas de depoimentos, enquanto em favor da petista, apenas uma hora e meia.

O presidente do TSE, Gilmar Mendes, disse que o julgamento da ação de cassação, sob relatoria de Herman Benjamin, deve começar na próxima semana.

(Fonte: Jornal GGN)