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Seminário debate transnacionais e define projeto de redes sindicais até 2017

Publicado: 09 Novembro, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Dirigentes da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) participaram, nos últimos dias 4 e 5, do seminário de apresentação do Projeto "Ação Frente às Multinacionais na América Latina", que aconteceu em São Paulo. O projeto, desenvolvido pela CUT, em parceria com a DGB (central sindical alemã) e o Instituto Observatório Social (IOS), tem participação da CNM/CUT e outras três confederações cutistas do ramo da indústria (químicos, vestuário e construção civil). 

O objetivo do encontro foi debater as principais diretrizes do projeto, que terá continuidade até 2017, com encontros de formação para trabalhadores nas multinacionais do ramo industrial do Brasil, Argentina e México. O projeto, na avaliação da secretária de Formação da CNM/CUT, Michelle Marques, contribui muito para a organização dos trabalhadores, já que é focado na criação e no fortalecimento das redes sindicais em multinacionais.

Crédito: Divulgação
Michelle (ao microfone) destacaMichelle (ao microfone) destaca
Michelle (ao microfone) destaca importância do projeto e da formação sindical

Michelle participou da mesa de abertura do evento e lembrou da importância da formação para conscientizar os trabalhadores e fortalecer a organização sindical. "A globalização também chegou ao movimento sindical. Projetos como este só contribuem com a organização sindical e com a solidariedade de classe, na defesa de direitos iguais para trabalhadores e trabalhadoras de uma mesma empresa, independente da planta e dos países onde a multinacional atua", afirmou a dirigente da CNM/CUT.

Crédito: Divulgação
Painel sobre redes sindicais trouxe experiências Painel sobre redes sindicais trouxe experiências
Painel sobre redes sindicais trouxe experiências de metalúrgicos e químicos


Já o secretário de Relações Internacionais da Confederação, Valter Sanches, participou de um painel que apresentou as experiências das redes sindicais internacionais dos setores metalúrgico e químico e lembrou a parceria histórica das entidades ligadas à CUT com a DGB, que começou nos anos 1980 com o apoio às greves dos metalúrgicos, e se estendeu, depois da fundação da CUT, para projetos que envolvem diversas categorias. "No que se refere às redes sindicais, há resultados muito positivos no nosso ramo. A organização internacional de trabalhadores em multinacionais tem permitido a consoldiação de Acordos Marco Globais, que estabelecem direitos e procedimentos comuns em todas as plantas de uma mesma empresa espalhadas pelo mundo", assinalou Sanches, que também integra o Conselho Administrativo Mundial da Daimer, representando os trabalhadores.

Crédito: Roberto Parizotti
SeminárioSeminário
No seminário, participantes também trocaram experiência sobre realidades laborais nos três países

Ao longo dos dois dias do seminário, as lideranças sindicais dos três países apresentaram um panorama de suas realidades locais e debateram os desafios sindicais diante da realidade das cadeias globais de produção, comércio e serviços. Ao final, elaboraram um plano de ação para o novo ciclo do projeto, a ser desenvolvido entre 2016 e 2017, cujo foco é continuar construindo estratégias unificadas para as redes sindicais em multinacionais e fortalecer sindicatos e estruturas sindicais em cada país envolvido no projeto. "Infelizmente temos visto que os direitos conquistados pelos trabalhadores tornam-se alvos de ataques cada vez maiores com o mundo globalizado. E fortalecer os sindicatos através das redes é uma forma de munciar o trabalhador com informações, intercâmbio de experiências e construção de ações conjuntas para combater o poder das transnacionais", lembrou Hélio Costa, pesquisador do IOS e um dos responsáveis pelo projeto.

Além de Michelle e Sanches, o secretário de Juventude da CNM/CUT, Sílvio Ferreira, também participou do seminário e destacou a importância de projetos como esse para contribuir também com a formação de novas lideranças sindicais.

Leia mais sobre o seminário aqui.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT, com informações do IOS e da CUT Nacional)

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