MENU

Dilma promete enfrentar oligopólio da mídia no 2º mandato

Publicado: 30 Setembro, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Oito autores de blogs brasileiros, convidados para uma coletiva com a presidenta Dilma Rousseff, na tarde de sexta-feira (26), ouviram da também candidata petista que, se vencer as eleições, não permitirá mais a existência do oligopólio da mídia, em curso no país. A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) atendeu a uma solicitação feita pelo Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé e pela Altercom para convocar a coletiva.

Participaram a professora Conceição Oliveira, representando o Blog Maria Frô, o advogado Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania), e os jornalistas Renato Rovai (Revista Fórum), Conceição Lemes (Viomundo), Altamiro Borges (Blog do Miro), Miguel do Rosário (O Cafezinho), Paulo Moreira Leite (247) e Kiko Nogueira (Diário do Centro do Mundo). Esta foi a primeira vez, em quase quatro anos, que a presidenta Dilma concede uma entrevista a blogueiros.

Aos entrevistadores, Dilma Rousseff disse que o oligopólio da mídia será extinto, caso se mantenha no cargo por mais quatro anos. Entre outras medidas, Dilma prometeu o fim da propriedade cruzada, quando uma mesma empresa é dona de empresas de rádio, TV, jornal e internet, o que já é previsto pela Constituição de 1988 e jamais foi regulamentado. Os conglomerados mais atingidos, em uma eventual decisão desta magnitude, serão as Organizações Globo, os diários conservadores paulistanos Folha e Estado de S. Paulo; além da editora Abril, que edita a revista semanal de ultradireita Veja.

Segundo Dilma, a decisão de intervir na Comunicação nada tem de ‘bolivariana’, conforme tentam justificar empresários do setor e instituições ligadas ao patronato, quando se caminha nesta direção:

– Não é controle de conteúdo, mas de propriedade e de regulação econômica!

Dilma reforçou, ainda, a ideia de que um oligopólio prejudica a pluralidade cultural do país, uma vez que as diversas culturas regionais são ofuscadas. A “regulação econômica” também foi comentada pela presidenta que, no entanto, não detalhou como seria feita.

(Fonte: Correio do Brasil)