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Dilma rebate acusações da Odebrecht

Publicado: 05 Abril, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A ex-presidente Dilma Rousseff diz que gosta "muito" do marqueteiro João Santana e que vai ter "muita dificuldade" se ele "falar coisas que não são reais" sobre ela numa delação premiada. Nesta terça (4) o procurador-geral eleitoral, Nicolau Dino, tornou público que o depoimento do jornalista já foi homologado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Ele será agora ouvido no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Dilma, que esmiuçou o depoimento de Marcelo Odebrecht ao TSE e fez por escrito comentários sobre cada item, diz acreditar que existia uma conta-corrente, mas não entre o empreiteiro e a campanha dela e sim entre Odebrecht "e quem dirigia a operação do João Santana, que todos diziam que era a Mônica Moura [mulher do marqueteiro]".

Ela chegou à conclusão por trechos do depoimento em que Odebrecht "fala que pagava o João Santana dois, três anos depois [de serviços prestados em campanhas eleitorais]. Se é verdade isso, há uma conta corrente porque tem fluxo constante de caixa", afirma.

Dilma refuta também a afirmação do empreiteiro de que R$ 20 milhões foram pagos a Santana no caixa dois pelo marketing da campanha presidencial de 2014. "Por que eu pagaria R$ 70 milhões para o João Santana em caixa um [valor declarado oficialmente ao TSE] e R$ 20 milhões em caixa dois? Por que, hein?", questiona.

ATÉ A PRÓXIMA
E o advogado de Santana, Fábio Tofic, renunciou à defesa do marqueteiro depois da divulgação de que o depoimento dele já tinha sido homologado pelo STF. Tofic é contra delação premiada e não conduziu as negociações.

(Fonte: Mônica Bergamo - Folha de S. Paulo)