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Direção da CNM/CUT define estratégias de organização para o Dia do Basta

O objetivo é mobilizar as bases cutistas nos estados para a realização de um dia nacional de mobilização em defesa da democracia e dos direitos trabalhistas, marcado para o dia 10 de agosto.

Publicado: 05 Julho, 2018 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
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Nesta quarta-feira (04), a direção executiva da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) aberta aos presidentes de Federação e Sindicatos se reuniram na sede da entidade, em São Bernardo do Campo (SP), para traçar um plano para o Dia do Basta, dia nacional de mobilização em defesa da democracia e dos direitos trabalhistas, marcado para o dia 10 de agosto. 

Participaram do encontro 30 dirigentes metalúrgicos que representam sindicatos e federações da CUT em todo o país.

“É um dia de organizar as bases e de mobilização contra a reforma trabalhista que mudou mais de cem regras da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Os postos de trabalhos, conquistados durantes os governos de Lula e Dilma, foram eliminados e precarizados. É um dia para mostrar que o trabalhador não vai aceitar esta agenda de retirada de direitos”, afirmou o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres.

Ainda durante o encontro, o secretário geral da Confederação, Loricardo de Oliveira, apresentou as propostas do Macrossetor da Indústria da CUT (MSI) para a política industrial brasileira, que foram elaboradas durante o Seminário da Indústria (leia mais aqui). "Os trabalhadores da indústria da CUT têm organizado suas ações em conjunto para fortalecer a luta da classe trabalhadora. Essas proposições são importantes para este momento em que os golpistas só pensam em retirar nossos direitos e destruir políticas de crescimento do ramo", disse Oliveira.

Análise de Conjuntura

Para fazer a análise de conjuntura e discutir o programa de governo de política dos trabalhadores para as eleições de outubro deste ano foram convidados o economista e presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann, e a secretaria de Formação da CUT Nacional, Rosane Bertotti.  

Crédito: CNM/CUT
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Mesa de conjuntura sobre as eleções de 2018 

De acordo com o economista, uma das principais preocupações são as eleições 2018 para o Congresso. “A última eleição presidencial, cuja vitória da presidenta Dilma por 51,6% dos votos válidos se deu acompanhada por menos de um quinto do total de deputados e senadores eleitos para formar a base de apoio de seu governo no Congresso Nacional. O plano de governo aprovado nas urnas ficou impraticável, como a própria presidente Dilma terminou sendo destituída do mandato popular”, contou. “Por isso, precisamos pensar em como mobilizar a classe trabalhadora para que o seu voto seja em candidatos e candidatas que tenham um plano para toda a sociedade brasileira”, completou.

Já Rosane destacou a resistência e organização da classe trabalhadora na América Latina. "Nós resistimos às inúmeras etapas do golpe e resistiremos àquelas que ainda estão em curso até que possamos restabelecer a democracia no Brasil e resgatar todos os nossos direitos assaltados", avaliou. "Nosso desafio é continuar a construir a luta nas ruas, nas greves, nos sindicatos, em nossas organizações, disputando mentes e corações, apresentando o nosso projeto democrático, justo e solidário para o Brasil", finalizou.

Fórum das Centrais
O Dia do Basta – 10 de Agosto foi escolhido no Fórum das Centrais, formado pela CUT, CSB, CTB, Força Sindical, Intersindical, Nova Central e UGT. A data foi divulgada no lançamento oficial da Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, documento que lista 22 propostas para o desenvolvimento do Brasil, com foco na pauta da classe trabalhadora.

Criar políticas, programas e ações imediatas para enfrentar o desemprego e o subemprego crescentes, revogar a Emenda Constitucional 95/2016, que congela os investimentos públicos por 20 anos, renovar a política de valorização do salário mínimo, revogar todos os aspectos negativos apontados pelos trabalhadores da Reforma Trabalhista e da Terceirização, que precarizam os contratos e condições de trabalho, assegurar o direito e o acesso ao Sistema Público de Seguridade e Previdência Social são algumas das 22 propostas da CUT e demais centrais para o desenvolvimento do Brasil.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT, com informações da CUT)