Diretor da EADS pediu indenização de 12 mi de euros

O diretor-geral do grupo europeu EADS, Jean-Paul Gut, reivindica uma indenização de 12 milhões de euros para sair da empresa, informa o site da revista 'Capital'.

Esse montante seria justificado juridicamente por seu contrato e seu tempo na empresa, segundo a revista, que não precisa suas fontes.

Gut entrou em 1983, quando tinha 22 anos, na Matra-Défense, uma filial do grupo Lagardère que se fundiu com a Aérospatiale em 2000 para criar a EADS.

A indenização de 8,5 milhões de euros recebida recentemente pelo ex-co-presidente da EADS, Noël Forgeard, gerou forte controvérsia, ao coincidir com o anúncio de reestruturação do fabricante aeronáutico do grupo, Airbus.

Segundo a 'Capital' são os alemães que reivindicam a 'cabeça' de Gut, que preside atualmente a EADS International, devido a seu 'espírito independente'.

A revista explica que Gut esteve protegido por seu amigo de infância, Arnaud Lagardère - cujo pai, Jean-Luc, era seu padrinho -, mas por fim decidiu ir para a EADS, devido à perda de influência do grupo Lagardère, que desde o ano passado só controla 7,5% do grupo europeu.

Inicialmente, a saída de Gut do grupo tinha sido programada para março passado, mas teria sido adiada devido ao problema da indenização.

A 'Capital' afirma que o grupo encontrou agora uma solução para evitar um escândalo.

O fundo de investimentos do Catar (Catar Investment Authority), que controla pouco mais de 6% do capital da EADS e mais de 6% do grupo Lagardère, estaria disposto a contratar Gut e daria a ele um bônus de 'boas vindas' de pelo menos 12 milhões de euros.

Fonte: Agência EFE