Dirigentes da CNM/CUT concluem curso de extensão universitária na Unicamp

A cerimônia de entrega dos certificados aos 40 dirigentes da CNM/CUT de diversas regiões do Brasil, realizada, dia 29, no auditório do Instituto de Economia da Unicamp, Campinas - SP foi marcada pela emoção.
 
O presidente da CNM/CUT e também aluno do curso de extensão universitária chorou ao falar da dificuldade que muitos enfrentam para conseguir o acesso ao estudo, e da importância que esse curso representa para os trabalhadores. “Sei da dificuldade de todos os dirigentes que durante um ano estiveram aqui, se deslocando das mais distantes regiões para poder concluir este curso. Muitos tiveram que deixar até as negociações salariais, mas não deixaram de cumprir a carga horária. Tenho certeza que vocês irão passar esse conhecimento para os companheiros nos sindicatos. É uma honra receber esse diploma e ver a emoção e o orgulho de dever cumprido, no rosto de cada um, que hoje conclui este curso”, disse Cayres.

Mara Grabert Paulo Cayres e Prof. Dr. Marcelo Weishaupt Proni

 
O diretor do Instituto de Economia da Unicamp, Prof. Dr. Marcelo Weishaupt Proni, disse que a universidade cumpre seu papel. “A produção de conhecimento da universidade precisa ser difundido na sociedade. O Cesit cumpre sua missão quando traz esse grupo de metalúrgicos para a academia, pois certamente esse conhecimento será repassado à sociedade. Fazer política não é só pensar em governo, mas ajudar as pessoas a entender o papel e o peso que cada um tem para defender interesses coletivos.”

Mara Grabert Prof. José Dari krein na cerimônia

 
Para o diretor do Cesit, Prof. José Dari krein, “é uma satisfação imensa poder interagir e um prazer poder dar aula para esse grupo .Espero que seja o início de uma caminhada de estudos e reflexões, criando condições de intervenção decisiva na sociedade”. Destacou também que ficou impressionado ao ver que todos que começaram o curso, estão terminando. “Não houve uma desistência, e isso é inédito,” afirmou
 
O secretário de formação da CUT Nacional, Prof. José Celestino, uma das prioridades da CUTé com a formação de seus dirigentes. É necessário que tenha articulação entre a CUT e os ramos. “Os trabalhadores precisam estar bem preparados para poder elevar as discussões e poder interagir em seu meio, para uma sociedade mais justa e igualitária”,
 
José Vagner, presidente da Federação dos Metalúrgicos de MG, citou Paulo Freire quando falou sobre os “diferentes saberes’. “É a riqueza do conhecimento quando se reúnem pessoas de diferentes culturas e vivências”, disse o dirigente.
 
Michele Ciciliato, secretária de formação da CNM/CUT, ressaltou a importância das parcerias para a realização deste curso. “Esse é um marco histórico na vida dos metalúrgicos, que só foi possível pela iniciativa da CNM/CUT em realizar parceria com o sindicato sueco, IFmetal e o sindicato canadense, CAW. É na coletividade que o movimento sindical sempre se constitui”, enfatizou.

Mara Grabert Jorge Ademar Correia, do STI metal de São Leopoldo, falou em nome dos metalúrgicos

 
O dirigente Jorge Ademar Correia, do STI metal de São Leopoldo – RS, falou em nome do grupo de metalúrgicos formandos e parabenizou a todos pelo empenho e dedicação. Disse “que todo conhecimento adquirido, não só nas aulas, mas também a vivência compartilhada com os companheiros, será levada às bases para os trabalhadores de sua região”.
 
A companheira Alexandra Fernandes do Amaral, secretária da mulher e gênero do STIMEIC de Extrema- MG foi prestigiar o evento, representando o presidente do sindicato, Vanderlei Pereira Marques.
 
Uma palestra sobre o retrato da atual economia brasileira no cenário da crise internacional, ministrada pelo professor Alonso, no início da cerimônia e a apresentação de um vídeo de dez minutos, produzido pela CNM/CUT, sobre o curso, com depoimento dos participantes, completaram a cerimônia de encerramento.
 
O curso

O curso é composto de oito módulos e uma carga horária de 360h. Teve duração de sete meses, sempre nos últimos finais de semana de cada mês, de quinta-feira à segunda-feira. Teve o monitoramento dos professores do Instituto de Economia da Unicamp.
 
Participaram dirigentes sindicais de SP, MG, SC, RS e do Nordeste.

Mara Grabert - Imprensa