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Dos deputados golpistas, 71% votaram pela terceirização sem limites

Publicado: 15 Abril, 2016 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

 
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Desde o início do processo de impeachment, a CUT tem alertado sobre a relação estreita entre a saída da presidenta Dilma Rousseff e a retirada de direitos trabalhistas. Uma ação estaria diretamente atrelada à outra.

Ao cruzar os dados dos deputados federais da Comissão que aprovou o relatório do impeachment e os que votaram, em abril de 12015, o Projeto de Lei 4330, da terceirização sem limites, é possível observar que 71% dos parlamentares defendem os ataques aos trabalhadores.

No ranking dos partidos, o PSDB é campeão absoluto entre os que querem rasgar a CLT. A sigla é seguida por DEM (três parlamentares), PMDB (três), PP (três), PTB (três) e Solidariedade (três). 

Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, a relação comprova como o impeachment é extremamente nocivo para a classe trabalhadora.

“Isso só comprova o que temos repetido continuamente. O golpe não é contra Dilma, Lula ou o PT, mas contra os direitos da classe trabalhadora que os empresários entendem como sendo demais. Valorização do salário mínimo, para a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e a CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária) é ruim porque diminui o lucro, ainda que amplie a dignidade do trabalhador”, aponta.

O que é o PLC 30
Após ser aprovado na Câmara dos Deputados por 324 votos favoráveis contra 137, o PL 4330, de autoria do ex-deputado federal Sandro Mabel (PR-GO) foi para o senado como PLC 30/15.

Antiga reivindicação dos empresários para afrouxar a legislação trabalhista, o texto aprofunda um cenário nocivo à classe trabalhadora. Segundo o dossiê 'Terceirização e Desenvolvimento, uma conta que não fecha', lançado pela CUT e pelo Dieese, os terceirizados ganham 25% menos, trabalham quatro horas a mais e ficam 2,7 anos a menos no emprego quando comparados com os contratados diretos.

Favorece ainda situações análogas à escravidão. O documento aponta que, entre 2010 e 2013, entre os dez maiores resgates de trabalhadores escravizados, nove eram terceirizados.

(Fonte: Luiz Carvalho - CUT Nacional)

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