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Criado o Coletivo de Relações Internacionais dos metalúrgicos da CUT

Publicado: 28 Julho, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
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Encontro aconteceu na sede da CNM/CUT, em São Bernardo do Campo (SP)

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) criou nesta terça-feira (28) o seu Coletivo de Relações Internacionais, com o objetivo de aprofundar o debate e elaborar propostas para a política da entidade para a área. Ele foi formado ao final do encontro do Encontro dos Coordenadores das Redes Sindicais, iniciado nesta segunda-feira (27), e que foi realizado na sede da entidade, em São Bernardo do Campo (SP).

Participaram da atividade cerca de 50 trabalhadores em empresas multinacionais do ramo metalúrgico, entre elas Ford, ArcelorMittal, ZF, Weg, Metalplan Equip, Gerdau, Regional América Latina, Daimler, Grupo Shaeffler, GE, Usiminas, ThyssenKrupp, Leoni Automotive, Rexam, Alcoa, Volkswagen e Toyota. No períoda da manhã, os participantes acompanharam palestra do embaixador Celso Amorim, ex-ministro das Reações Exteriores e da Defesa, e painel sobre a política internacional da CUT e da CNM/CUT (leia aqui).

Implementar políticas
Segundo o secretário de Relações internacionais da CNM/CUT, Valter Sanches, a criação do coletivo é  uma das resoluções do 9º Congresso da categoria, realizado em abril último. “É um grupo importante porque já são pessoas que tratam com empresas multinacionais nas suas bases e na formação e articulação de redes sindicais. São os trabalhadores mais indicados para ajudar a CNM/CUT a formular e implementar as políticas de relações internacionais”, disse.

Para o secretário de Organização e coordenador das redes sindicais de trabalhadores da CNM/CUT, Ubirajara de Freitas, o encontro teve ainda como destaque a criação das redes Rexam e Toyota. “A proposta do encontro também era de apurar as melhores políticas para a Confederação desenvolver e consolidar as redes sindicais. Muitas propostas foram discutidas, mas, sem dúvida, a criação dessas novas redes foi um diferencial. A CNM/CUT já coordena 19 redes e é preciso ampliar este número”, avaliou.

Ainda segundo Freitas, as redes ajudam os sindicatos a promoverem os direitos trabalhistas no mundo e a garantir um diálogo com a empresa. “Os sindicatos precisam compreender que as redes são ferramentas para a própria entidade conhecer melhor as realidades dos trabalhadores nas multinacionais. A rede não existe sem a participação dos sindicatos. Além disso, é um instrumento estratégico da Confederação para a construção do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho (CCNT) ”, afirmou.

Crédito: CNM/CUT
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Coletivo de Relações Internacionais da CNM/CUT

Novas Redes
A Rede da Rexam já tem o primeiro encontro marcado para os dias 24 e 25 de setembro, em Pouso Alegre (MG). Para Edson Araújo, trabalhador na empresa e diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, a criação da rede só aconteceu devido ao apoio da Confederação.  “Os problemas enfrentados nas plantas da empresa em diferentes estados são as mesmas. E a CNM/CUT nos mostrou que, para diminuir desigualdades, os trabalhadores precisam estar unidos e trocar informações”, contou.

Já a Rede Sindical dos trabalhadores na Toyota foi uma proposta dos jovens metalúrgicos Roberto Masayoshi Hatadani (Sorocaba) e Thiago dos Santos Oliveira (ABC). “O processo começou em 2014, quando a CNM/CUT nos convidou para conhecer o trabalho das redes sindicais. E desde então a ideia foi analisada e debatida entre os trabalhadores”, falou Hatadani. “A rede faz esta importante discussão do tema capital-trabalho e é mais uma ferramenta para combater a precarização das condições dos trabalhadores”, completou Oliveira.

O primeiro encontro da Rede Sindical dos trabalhadores na Toyota acontece no dia 30 de agosto, juntamente com a 10ª edição do encontro de bandas "Rock dos Metalúrgicos", em Sorocaba (SP).

(Fonte: Shayane Servilha - Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)